BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai acompanhar à distância as negociações com o Congresso Nacional pela votação do pacote fiscal enviado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Após receber alta hospitalar no domingo (16), ele ficará em São Paulo pelo menos até a próxima quinta-feira (19), por recomendação médica.

Enquanto isso, Haddad, aos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil), além dos líderes do governo na Câmara e no Senado, assumirão a liderança nas tratativas. Como esta é a última semana do ano Legislativo, o governo se vê obrigado a aprovar as medidas de controle de gastos para acalmar os ânimos no mercado financeiro.

A prioridade do Planalto é aprovar as propostas que mudam regras no reajuste do salário mínimo e no cadastro de pessoas no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Além de resistências pontuais ao texto, como no item referente ao BPC, os parlamentares esperam a liberação de R$ 7 bilhões em emendas nesta segunda-feira (16) para avançar com a pauta.

Eventos na agenda do presidente

Com a garantia de que fica em São Paulo até quinta-feira, Lula deve adiar a reunião ministerial que estava marcada para esse mesmo dia, no Palácio do Planalto, com os titulares das 39 pastas. Ainda não há definição de quando o evento irá acontecer, mas o presidente já indicou que fará o encontro até o fim do ano, mesmo que à distância.

Além disso, estava prevista a participação do petista no Natal dos catadores, ao qual ele comparece anualmente desde 2003. O evento, em São Paulo, está marcado para terminar na sexta-feira (20), data em que está prevista a aparição de Lula. Assim, há a possibilidade de ele postergar o retorno a Brasília.

Mesmo enquanto estiver na capital paulista, o presidente tentará se envolver nos assuntos mais delicados do governo. Ele irá receber visitas de ministros e auxiliares, além de reuniões por videoconferência.