A União Europeia está determinada a seguir adiante com seus planos de banir a venda de carros novos com motores a combustão a partir de 2035, apesar da forte pressão da indústria automobilística.
Em um briefing interno, revelado pelo jornal Financial Times, o chefe de questões climáticas do bloco, Wopke Hoekstra, reafirmou que a UE "não pode e não deve reverter" sua decisão, visando acelerar a transição para veículos elétricos e alcançar suas metas de redução de emissões.
A decisão de proibir os carros a combustão, anunciada em 2021, gerou críticas de grandes fabricantes europeus como Volkswagen e Stellantis, que enfrentam desafios como a queda nas vendas de veículos elétricos e a concorrência das montadoras chinesas.
A indústria automobilística teme perdas significativas e até mesmo o fechamento de fábricas em caso de implementação da nova lei.
Pressões e desafios
Países como Itália e França buscaram mais flexibilidade na aplicação da nova regra, enquanto a Alemanha propôs a manutenção de motores a combustão para veículos que utilizem combustíveis alternativos.
No entanto, a UE argumenta que a previsibilidade criada pela proibição é essencial para atrair investimentos e fortalecer a competitividade da indústria automotiva europeia.
A transição para veículos elétricos exige investimentos significativos em infraestrutura de carregamento e produção de baterias.
Organizações como a Transport & Environment defendem que a Europa deve aproveitar essa oportunidade para construir uma indústria de veículos elétricos competitiva e sustentável.