Uma nova pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa de Assuntos Públicos da Associated Press (NORC) e pelo Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago revela que a adoção de veículos elétricos (VEs) nos EUA está progredindo a um ritmo mais lento do que o esperado.

Apesar dos investimentos bilionários na indústria e do novo mandato da Agência de Proteção Ambiental (EPA) exigindo que 56% das vendas de novos veículos sejam elétricos até 2032, a pesquisa indica que as barreiras práticas e financeiras continuam a dissuadir a maioria dos consumidores americanos de comprar um carro elétrico.

Ansiedade de autonomia e custo alto

A pesquisa, que envolveu 6.265 adultos, identificou a "ansiedade de autonomia" como um dos principais obstáculos à adoção de VE, com 50% dos entrevistados em áreas rurais relatando a falta de estações de recarga como um problema significativo.

O custo também se destaca como uma grande barreira, com o preço médio de um novo VE ainda acima da média de todos os veículos novos. Essa preocupação é mais prevalente entre adultos mais velhos, com quase 60% citando o preço como um fator determinante.

Em fevereiro, o custo médio de um carro elétrico zero km nos EUA foi de US$ 52.314 (cerca de R$ 280 mil), uma queda de 12,8% em relação ao ano anterior, mas ainda acima da média de todos os veículos novos, que é de US$ 47.244 (cerca de R$ 250 mil). 

Só 13% dos aderiu ao segmento

Apesar dos esforços para promover a eletrificação do transporte, os dados da pesquisa indicam que a adoção de VE ainda é lenta. Apenas 13% dos adultos americanos possuem ou alugam um veículo híbrido, ou elétrico, demonstrando um hiato significativo entre as metas ambiciosas e a realidade do mercado.

Embora o interesse em VEs exista, os resultados da nova pesquisa sugerem que os desafios práticos e financeiros precisam ser superados para que a eletrificação da frota se torne uma realidade nos EUA.