A vida da Peugeot mudou da água para o vinho recentemente. Isto porque de uma marca com inexpressiva participação de mercado, mesmo em detrimento às belas linhas de seus produtos, passou a ser controlada pelo quarto maior fabricante de veículos do mundo, a Stellantis.
A partir daí recebeu novos investimentos e um ambicioso plano de expansão, então a francesa passou a enxergar um holofote de um promissor futuro no fim do túnel. Com a recente redução de preços passou a ser oferecido na versão avaliada por R$ 110.840.
Fato é que em um curto espaço as vendas cresceram exponencialmente e o receio da falta de liquidez em seus produtos vem deixando de ser um fantasma que assombrava os consumidores desde sempre.
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Design arrojado e marcante
Não há como negar, o novo Peugeot 208 chama atenção por anda e para, suas linhas diferenciadas aliadas à cor azul da unidade avaliada, fez muitos transeuntes viraram o pescoço para apreciar a beleza deste “leão”.
Começando pelo desenho dos faróis de LED, que se destacam, assim como as luzes diurnas, as DRLs, que remetem às garras do leão, símbolo que representa a Peugeot. Também a grade com detalhes cromados marcam o desenho na dianteira.
Na parte de trás, mais personalidade. A versão testada, top de linha, traz um aerofólio com luzes de freio integradas e um aplique preto que une as lanternas faz lembrar o que se vê em um Porsche. Vale lembrar que as luzes do conjunto não são de LED.
Tecnologia e conforto no interior
Uma novidade nesta geração do Peugeot 208 é que chamam atenção é o i-cockpit, quadro de instrumentos digital e também em 3D. São duas telas e por elas o motorista confere autonomia e recursos de assistência como o leitor de placa que ajuda a lembrar qual a velocidade permitida da via.
O ar-condicionado é digital, a central multimídia é de 10 polegadas, mas requer o uso de fio para estabelecer a conexão com o smartphone, que pode usar o Android Auto ou o Apple CarPlay.
Em compensação uma boa solução é um espaço com tampa que serve para guardar o celular e traz carregamento por indução. Na parte de segurança destaque para os quatro airbags, alerta de colisão, frenagem automática, entre outros.
O formato do volante, que é menor comparando a outros modelos, ainda se diferencia pela base achatada. O painel com um acabamento que imita fibra de carbono deixou o carro mais refinado, teclas de comando de algumas funções de conveniência e conforto, lembram as de um piano e já estavam presentes em outros modelos Peugeot, e agora chegaram ao 208.
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O espaço interno deixa a desejar, mesmo que esta geração tenha tido seu entre eixo aumentado isso não se traduziu em conforto. Para quem viaja na segunda fileira de bancos o espaço é limitado.
Na falta de itens de conforto atrás, o grande teto solar panorâmico ajuda a amenizar. Outro ponto que merece ressalva, nesta geração o espaço diminui de 285 para 265 litros sua capacidade.
Desempenho e dirigibilidade
O 208 segue oferecendo o conhecido motor aspirado de 1.6 litro, com 118 cv de potência e 15,5 kgfm de torque, um conjunto confiável, mas que não empolga e deixa o “leão” com pouca força em uma cidade com tanta subida como é Belo Horizonte.
O câmbio é automático de seis velocidades, mas a falta das aletas na coluna de direção prejudicam a dirigibilidade e deixam o carro menos ágil em uma retomada para efetuar uma ultrapassagem. O motorista tem a opção da troca de marcas manual pela alavanca, mas não é o mesmo.
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