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Pode cravar: Osasco é o time de coração da levantadora Giovana Gasparini.

A própria jogadora, absolutamente identificada com o projeto, admitiu indiretamente ao blog nessa entrevista.

Aos 30 anos, Giovana está mais madura, reconhece que administra as adversidades e está pronta para as cobranças, natural no esporte.

'A crítica nem sempre vem para derrubar e sim fazer a gente crescer', diz ela.

Pouca gente sabe, mas Giovana participou da peneira do clube quando tinha 13 anos e disse que um dia vestiria a camisa do time profissionalmente.

Dito e feito.

Já são 3 temporadas consecutivas.

Giovana, diferente da maioria, busca fazer história com Osasco, adora desafios e reconhece que se sente em casa.

A levantadora, sempre objetiva e sincera, admite que pensa na  convocação para a seleção brasileira e espera ter oportunidade no novo ciclo olímpico.

Como você conseguiu superar a desconfiança de parte da torcida e da mídia e se firmar em Osasco?

Eu gosto de desafios, quando cheguei me senti desafiada e me fez querer mais, mostrar quem realmente é a Giovana. 

Por que a identificação com o clube? Como surgiu isso?

Quando eu cheguei em Osasco me senti em casa, a torcida me recebeu bem e sou muito feliz aqui. O Luizomar foi meu técnico na seleção de base e temos uma relação muito boa. Sempre foi meu sonho jogar no time de Osasco, então, acredito que tudo ajudou a criar essa identificação com o time. 

Você, diferente da maioria, está criando sua história em Osasco. Por que a o opção de permanecer e não ficar pulando de time ?

O Osasco é um time de referência no cenário brasileiro e mundial, time de grande expressão e, como disse, sempre sonhei em jogar em Osasco. Eu fiz a peneira em 2008 quando tinha 13 anos e falei para minha mãe que um dia eu iria estar no profissional desse time. Hoje esse sonho foi realizado.

Como você encara essa cobrança por títulos e a responsabilidade da levantadora? 

Acho que a cobrança é natural do esporte. Mas sei que temos essa cobrança a mais para fazer Osasco disputar finais novamente. É isso que me move. Gosto de desafios e busco todos os dias melhorar para chegar bem nos momentos decisivos. 

Aos 30 anos, você se considera no ápice da forma física e técnica?

Eu acredito que estou na melhor fase de voleibol, mais madura e sabendo administrar melhor as situações. Em relação a forma física, eu ainda estou buscando uma melhora, mas já estou muito feliz com o que conquistei. 

Como adquiriu tanta maturidade e personalidade?

Meu noivo me ajuda muito nessa situação. Como ele é jogador profissional de futebol, passa e passou por muitos desafios na vida dele, ele consegue me ajudar a entender que a crítica nem sempre vem para derrubar e sim fazer a gente crescer, então faço isso a meu favor, meu combustível para querer sempre fazer mais.

A Giovana pode sonhar com seleção no novo ciclo olímpico?

Sim, de um tempo para cá voltei a sonhar com seleção brasileira, sempre foi meu sonho mas por uns problemas pessoais acabou ficando um pouco de lado. Mas hoje eu sonho sim com uma convocação e seria a realização fazer parte desse novo ciclo olímpico.