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O Brasil terminou a primeira etapa da VNL na terceira colocação, atrás apenas da Polônia, única invicta, e Japão.
O saldo, aparentemente, foi positivo, com 3 vitórias e uma derrota em 4 jogos.
Mas os números não representam a realidade dos fatos registrados no Rio de Janeiro.
O Brasil andou no limite do aceitável.
O Irã não conta. É uma espécie de República Tcheca na versão masculina.
A freguesia para Cuba incomoda.
A terceira derrota consecutiva.
Jogo de força, bloqueio e ataques pesados com desempenho pífio de todos os ponteiros.
A partida contra a promissora, nada além disso, seleção da Ucrânia foi o ponto alto do Brasil.
O time mostrou coragem, foi testado emocionalmente, Bernardinho acertou nas alterações e a virada alcançada na mudança de opostos e empolgação transformou o ambiente para o dia seguinte.
É verdade que a Eslovênia facilitou as coisas poupando algumas peças importantes.
Mas faz parte do jogo.
A pressão, independentemente da escolha do técnico adversário, continuou nas costas da seleção.
O Brasil respondeu e talvez tenha feito o melhor e mais completo jogo dos 4 que disputou no Rio, mas, diante do cenário, é questionado se serve como parâmetro.
O time parecia mais leve, solto e confiante após a virada expressiva diante da Ucrânia.
A passagem pelo Rio deixa no ar algumas questões e interrogações.
Os ponteiros foram abaixo. Nenhum deles, com boa vontade Lukas Bergamann talvez tenha sido o melhor, aprovou.
Adriano e Honorato, com saque juvenil, sofreram com altos e baixos. Não passam confiança e são instáveis.
Duro.
Se os ponteiros são aprovaram, não dá para dizer o mesmo dos opostos.
Darlan carregou o piano e o imprevisível Alan ressurgiu. Uma pena que o ótimo Sabino praticamente não tenha sido testado, deixando claro o desenho que a comissão optou para o ciclo.
O melhor do Brasil no Rio foi Judson.
O central se firma a cada jogo, ganha personalidade, leitura de jogo e referência.
75% é um índice aceitável, mas sem empolgação com sugerem uns e outros.
O Brasil do Rio foi acima da expectativa. Fato.
No limite do aceitável.