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Se você quer mudar e não sai do lugar, não se queixe quando os resultados forem os mesmos.
É o caso específico da seleção feminina sub-21 do Brasil.
Há quem prefira enaltecer a medalha de bronze, mas a conquista passa longe de significar evolução.
E quem se acostuma com o pouco, acredita que o pouco é o suficiente.
A base do Brasil, deixando o patriotismo de lado, não anda.
Não sai do lugar faz tempo, pelo contrário, anda para trás na maioria dos casos.
O décimo lugar no Mundial sub-19 masculino é o exemplo mais recente.
Para se ter uma noção de como o Brasil parou no tempo, desde o último título sub-21, e lá se vão 18 anos, a Itália foi 3 vezes campeã mundial e duas vezes vice.
Que tal?
A conclusão é simples: o que acontece no adulto não é por acaso.
A verdade sempre vem à tona. Se ela não aparece no que é dito, ela se revela no que é feito, ou melhor, do que não é feito.
A gestão Radamés Lattari é a responsável pelo processo.
O máximo que a CBV alcança e ostenta com orgulho é o bicampeonato do Pan-Americano Júnior.
A má administração, cercada de nepotismo, destruiu a base, referência mundial no passado.
E planejamento sem ação é igual a zero.
Há talentos sim, claro, mas não há critério.
Não é novidade para ninguém que alguns atletas, independentemente da categoria, são escolhidos por influência de gente ligada à CBV, empresários e parentes.
O perigoso e conhecido apadrinhamento.
A CBV hoje é reflexo das próprias atitudes.
E quem não sabe analisar os próprios atos, deve aprender a lidar com as consequências.