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Tinha que ser delas.
Ponto.
Deixando o patriotismo de lado, o tricampeonato da VNL está em ótimas mãos.
Venceram as melhores.
Uma campanha irrepreensível com apenas uma derrota, já com o primeiro lugar assegurado, em 17 partidas.
Se serve de consolo perder para o mais forte, sem China, Sérvia e Itália, o Brasil poder ter a convicção que foi exatamente isso que aconteceu, algo que valoriza ainda mais o vice-campeonato.
3 a 1, o mesmo placar da fase de classificação, mas um jogo totalmente diferente e mais equilibrado.
Apertado.
A derrota mostra que o Brasil evoluiu, mas que os Estados Unidos ainda são melhores.
Dá para dizer que estamos tentando diminuir a diferança.
A seleção norte-americana é um time mais completo, com opções de sobra e nivelado, por alto, em todas as posições. É um time frio e que sabe se impor na hora da decisão.
Cabeça.
O quarto set talvez seja o maior exemplo.
Os Estados Unidos jogaram a maior parte atrás no placar. Uma única alteração de Karch Kiraly, fora a evidente mudança de postura, recolou a seleção no caminho: Drews no lugar de Thompson.
Era a senha que o time precisava.
Drews marcou 10 pontos, ou seja, 6 a menos que Thompson fez na partida inteira.
Os Estados Unidos reagiram, buscaram o jogo e o Brasil nitidamente sentiu a pressão. Quando lideraram o placar, não deram mais chances para a seleção brasileira.
As norte-americanas encararam a VNL com seriedade.
Como o Brasil.
Chegaram em Rimini com o que tinham de melhor.
Como o Brasil.
E saem da Itália ainda mais fortalecidas para a Olimpíada.
Como o Brasil.