Roterdã.
A Itália não é isso tudo.
Quem chegou a essa conclusão e quem respondeu foi o Brasil.
As italianas andaram flertando com o perigo no Mundial, tanto que a Bélgica não dorme até hoje.
Dessa vez não teve jeito.
No primeiro teste de verdade na Holanda, a casa caiu.
Diferente do Brasil que enfrentou Japão e China na fase anterior, a Itália, com o devido respeito aos adversários, não jogou contra ninguém.
Havia no ar uma ligeira soberba do outro lado.
Quem conhece os bastidores e acompanhou os últimos encontros entre as duas seleções admite.
A VNL estava engasgada.
Não era o ingrediente que o Brasil precisava, mas ajudou. E como.
A Itália era favorita.
O Brasil teve coragem. O Brasil teve cabeça. O Brasil teve Gabi.
Os números sugerem que ela fez a diferença.
E fez.
Assim como se a Itália tivesse vencido, Egonu teria sido a responsável. E olha que ela não estava nos melhores dias.
Fora do padrão.
Não dá e a gente não pode desmerecer o coletivo, mas boa parte do jogo foi simplesmente Gabi x Egonu.
Ambas decisivas.
Deu Gabi.
O melhor é que as duas seleções podem se esbarrar na semifinal. Nesse caso, o que pode mudar é o componente emocional.
Se existe aquela coisa de ganhar na hora certa, o Brasil foi cirúrgico.