Na próxima quinta, dia 12, o Atlético volta à Arena MRV pra disputa do jogo da volta das quartas de final da Copa do Brasil, contra o São Paulo. Conquistamos uma pequena vantagem no tapete do Morumbi, e havia uma dúvida sobre o palco do jogo da volta em função das condições do gramado do nosso estádio no Califórnia. A dúvida sobre o palco do jogo não existe mais - está confirmado na Arena. Mas a dúvida sobre a condição do piso segue. Descobriremos só quando a bola rolar na quinta-feira.
Victor, Pedro Moreira (gerente de futebol) e Lucas Gonçalves (auxiliar) estiveram na Arena nessa quarta-feira pra vistoria que deu o ‘ok’ pro jogo ser lá. Vai estar perfeito? Duvido. Vai estar em condições de jogo? A assessoria de imprensa do estádio garante que sim. Torço muito pra isso, mas, sinceramente, torço ainda mais pra que a grande estrela que estamos esperando pra reforçar o time na próxima temporada chegue logo: o tapetinho.
Sério, não dá mais. Não aguento mais esse papo de gramado ruim, de replantio, de falta de sol, blablabla. Se não der certo o tapetinho (apelido carinhoso do gramado sintético, pra quem ainda não tem essa intimidade), o Galo vai passar o ano de 2025 trocando o gramado sistematicamente. Está provado que a grama natural, ali, dura pouco. E o atual cenário é ruim pra todo mundo. Pro time, pra reputação do estádio, do clube… O problema é tão grave que nem estamos mais falando de acústica (que é tão ruim quanto).
Eu estava olhando uns números de aproveitamento do Atlético como mandante. Peguei o recorte de 2012 pra cá - ou seja, desde quando paramos de ter a briga contra o rebaixamento no Brasileirão como rotina. Em todo esse recorte, que contempla 13 anos (já considerando 2024), temos, nesta temporada, o terceiro pior rendimento jogando em casa (63,8%). E só é melhor que 2018 e 2022 por 0,3%, tá? Dá pra considerar um empate técnico.
Já escrevi em outro texto, mas reitero neste: a história mostra que, pra ser campeão, o Galo tem que ser quase imbatível em casa. Essa é a regra. As remontadas de 2013 indicam, as viradas de 2014 comprovam, a temporada 2021 confirma. Precisamos, o quanto antes, passar pros adversários um recado claro: “Aqui, na nossa casa, vocês vão ter que suar demais pra tirar ponto da gente”. O recado atual, infelizmente, é: “Vocês vão jogar num gramado ruim, mas, caso se adaptem bem, têm boas chances de vencer”.
A boa notícia é que, de alguma forma, ainda não perdemos pra ninguém no pastinho da Arena em jogos eliminatórios nesta temporada. Ganhamos do América na semi do Mineiro, empatamos com o rival na final, ganhamos bem do CRB na Copa do Brasil e conquistamos aquela vitória culposa (quando não há intenção de ganhar) contra o San Lorenzo na Libertadores. Vamos nos apegar a esse retrospecto em mata-matas pra seguir acreditando em título neste ano, mas está claro que, pra próxima temporada, o gramado tem que começar a nos ajudar.
“Ah, mas é caro” - gastem o que for necessário. “Ah, mas machuca mais” - em vez de uma vela pro joelho do Hulk, a gente acende duas por semana. Que a Prefeitura libere, que a solução definitiva chegue e que o Galo volte a ser temido jogando em Belo Horizonte. Quando baterem o martelo, me informem, por favor, se os pedaços da grama sintética vão chegar por Confins ou pela Pampulha. Vou fazer festa no aeroporto, nem que seja sozinho.
Saudações!