No finalzinho do treino desta quinta-feira, na Cidade do Galo, sob olhares atentos dos jornalistas presentes (coisa rara hoje em dia), Gustavo Scarpa se machucou sozinho. Por enquanto, sabemos apenas que foi uma entorse no tornozelo direito. A gravidade e o tempo previsto pra recuperação ainda são incógnitas, mas tomara que não seja nada mais grave. Substituí-lo não é nada simples.
É bem verdade que o meia oscilou entre bons jogos e atuações apagadas neste início de temporada, mas, com exceção de Hulk, ele talvez seja o jogador mais insubstituível do setor ofensivo atleticano, especialmente se a gente avaliar as características.
Neste ano, desde o início, Scarpa é o 10 do time - na camisa e na postura. Não é aquele 10 clássico, centralizado o tempo todo. Joga da direita pra dentro, mas é o meia que se aproxima dos atacantes, que acha os passes quebrando a linha adversária, que finaliza de média distância e é um dos caras da bola parada. Não temos outro jogador assim no elenco.
Bernard fez função parecida em 2024, com Milito, mas com Cuca voltou a jogar prioritariamente pela esquerda. Igor Gomes é quem mais se aproxima em característica, mas não tem a mesma qualidade que o titular.
Pro jogo contra o Manaus, já estou considerando que não teremos nem Hulk (lesão na coxa), nem Scarpa (tornozelo). Mas aí, com todo respeito, os suplentes têm que dar conta do recado, o Galo precisa confirmar o favoritismo e avançar. Na final contra o América, ter a dupla de volta seria essencial. Se não podemos torcer pela equipe de Cuca na folga de Carnaval, vamos torcer pra equipe do Rodrigo Lasmar.
Saudações.