No Morumbi, deu a lógica. Com reservas, o Atlético foi derrotado pelo São Paulo, por 2 a 0, e ampliou sua péssima fase no Brasileirão. Na classificação imaginária do “pós-Mundial”, o Galo é o pior time do campeonato, com apenas 19% dos pontos ganhos. Resultados preocupantes, assim como o desempenho.

Com titulares ou reservas, o time de Cuca não tem conseguido envolver os adversários. Tem pouco repertório ofensivo e segue com problemas crônicos na defesa. A marcação na entrada da área, por exemplo, continua falha. Foi assim que tomamos o primeiro gol em São Paulo, com Alan Franco cercando em vez de dar o bote em Pablo Maia.

Uma coisa não dá pra criticar: a escolha por um time (quase todo) alternativo. Preservar os caras era a decisão óbvia tendo o clássico pela frente, considerando o desgaste muito menor do Cruzeiro nos últimos dias, se comparado ao nosso. Mas, claro, o tropeço no Brasileiro aumenta a responsabilidade pro duelo de quarta.

Dizem que clássico é um campeonato à parte. Tomara que seja, realmente, e que neste campeonato o Galo mostre o que tem faltado, especialmente no Brasileirão: repertório, qualidade, bom futebol. O rival, apesar da freguesia recente, não é o Bucaramanga ou o Godoy Cruz. Se jogarmos mal, eles não vão perdoar. Precisamos de um jogo concentrado, acima de tudo.

Ano passado, o Atlético atravessava uma fase terrível e, no auge da crise, perdeu para o Fluminense, em pleno Mineirão, numa atuação de dar calo nas vistas. Milito, à época, disse que era hora de um “restart”. Na partida seguinte, o Galo fez um jogo extremamente correto no Morumbi, venceu o São Paulo pelas quartas de final da Copa do Brasil e embalou rumo às finais. Tomara que essa virada de chave aconteça de novo nas quartas da Copa do Brasil, agora contra o Cruzeiro.

Com a mudança no calendário publicada pela CBF, a Copa do Brasil terá uma pausa depois das quartas e só voltará depois do Brasileirão, em dezembro, quando serão disputadas as fases finais. Pro Galo, em caso de classificação, ótima notícia.

Se der tudo certo nos clássicos, teremos apenas Brasileiro e Sul-Americana pra conciliar até dezembro. Em tese, facilita. E aí, claro, Cuca terá a obrigação de conduzir esse time a uma recuperação no Brasileiro, que já começa a preocupar. Caso contrário, a pressão só vai aumentar.

Como diria um certo atacante: “Agora é orar, Scarpinha”. Seja o que os deuses do futebol quiserem.

Saudações.