O Cruzeiro esteve longe de ser o time que estamos acostumados a ver contra o Corinthians, mas resgatou um ponto importante em Itaquera, diante de um adversário desesperado e vivendo uma crise profunda nos bastidores. Para mim, o resumo desta partida é um só: a necessidade de reforços. Ainda vejo o elenco celeste como curto e, para o estilo de jogo intenso — desejado e executado por Jardim —, é preciso ter peças que se equivalham.

Esse desnivelamento ficou nítido. William, por exemplo, não entregou o mesmo que Fagner costuma oferecer ou que Kaiki apresentou na outra lateral. Mas me atento também ao ataque, já que Wanderson e Marquinhos, ao menos na minha visão, têm algumas valências semelhantes. Sinceramente, não sei até que ponto a qualidade de ambos suporta a toada deste Brasileirão, que tende a ser pesadíssimo após a janela — especialmente com o Flamengo fazendo investimentos absurdos em reforços de padrão europeu.

Se o Cruzeiro quer almejar grandes objetivos e brigar no pelotão de cima, além de ter encontrado um time-base, será preciso rechear essa equipe com jogadores que tragam qualidade e ainda mais fôlego à Raposa. Isso será fundamental.

O Mister tem ciência disso. Ele já havia deixado claras as carências do elenco — montado não por ele, mas pelo antigo CEO, Alexandre Mattos, e seus pares no departamento de futebol. Alguns nomes já são especulados no mercado e sinalizam esse objetivo de reforçar o setor ofensivo — como Sarmiento, do Burnley, em negociação que não avançou devido ao desejo do atleta de permanecer no futebol europeu.

Mas a busca prossegue, e o Cruzeiro, com certeza, estará forte e atento ao mercado, em busca de contratações pontuais para elevar ainda mais o nível técnico do plantel. E no domingo, com o apoio incondicional da China Azul, eu sou mais Cruzeiro contra o Ceará — um jogo importante para manter a invencibilidade em casa e conquistar mais três pontos.