Nem bem ultimou a distribuição de lucros aos seus acionistas, a Copasa já fala em pagar mais R$ 91 milhões aos mesmos acionistas, referentes aos resultados do quarto trimestre de 2023, acrescidos dos juros sobre o capital próprio. É razoável que o diretor Guilherme Faria, em audiência pública realizada na ALMG, tenha dito que a razão das contínuas faltas d’água em várias regiões de BH e em diversas cidades do Estado seja a falta de investimentos. Há os que dizem que é falta de planejamento, de projetos, de transparência, de compromisso do governo do Estado, seu maior acionista, com a população que não dispõe de água corrente e, também, não tem acesso às redes de esgotamento sanitário. Em muitas dessas cidades, a Copasa fornece água e cobra pelo esgoto que ela não implantou e que, por isso, não deveria ter direito de cobrar. Em outras, esse modelo chega a constituir um crime ambiental, porque o esgoto é jogado em córregos e em rios que cortam os municípios. Um bom exemplo disso ocorre em Tiradentes, onde a Copasa cobra da população o esgoto que não recolhe.