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Alguém lembra quando foi a última derrota da seleção feminina da Itália?

Aconteceu em junho de 2024. 

O mérito, na ocasião, foi do Brasil. Na edição passada da VNL.

Bom sinal.

De lá para cá, foram 27 vitórias consecutivas passando pelos títulos da própria VNL de 2024 e a medalha de Ouro na Olimpíada de Paris. 

A campanha na atual edição impressiona: 13 jogos e apenas 7 sets perdidos.

Os Estados Unidos não foram páreo nas quartas de final e caíram, naturalmente por 3 a 0.

A Polônia, adversária da semifinal, resistirá jogando diante da fanática torcida em Lodz?

E numa eventual final: Brasil ou Japão? 

Na primeira fase, no Rio de Janeiro, a Itália fez 3 a 0. Na segunda fase, o Japão levou o jogo ao tie-break, mas caiu.

Julio Velasco é o maior responsável pela incrível hegemonia italiana.

A chegada dele mudou a identidade de um elenco recheado de conflitos internos entre as jogadoras e a antiga comissão técnica.

Gestão.

Velasco recuperou a autoestima de um grupo acima da média tecnicamente, com duas opostas incríveis, melhor líbero do mundo e que mantém a serenidade e principalmente o apetite.

Vencer.

A VNL é um exemplo, mesmo com Mundial na sequência.

A filosofia de Julio Velasco é simples: ninguém é obrigado a jogar na seleção, mas quando a Itália estiver em quadra jogará sempre com força máxima.

Dizer não à convocação é arriscar o futuro.

É lógico que a Itália não é imbatível. O termo não existe no esporte. 

Mas os números da Itália impressionam. 

E por que ninguém para essa seleção?