A Operação Raízes de Cedro, que repatriará brasileiros que estão no Líbano, será adiada. Inicialmente, a volta de 220 cidadãos começaria nesta sexta-feira (04/10). Mas, por falta de segurança para transportar essas pessoas até o aeroporto, a operação não ocorrerá.
"Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia", informou nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Israel aumentou a intensidade de seus ataques contra o Hezbollah nas duas últimas semanas, em ações que culminaram com a morte do líder do grupo e, mais recentemente, na invasão por terra do território controlado pelo grupo extremista no sul libanês. Diante da escalada da guerra, o governo Lula (PT) anunciou o início de uma operação de repatriação, nos moldes do que ocorreu após os ataques terroristas do Hamas contra Israel em outubro do ano passado. Na ocasião, mais de 1.400 pessoas foram repatriadas de Israel, da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
Segundo o chanceler Mauro Vieira, atualmente cerca de 20 mil brasileiros vivem no Líbano, além de cidadãos que estão em visita ao país. O Itamaraty informou nesta semana que pelo menos 3.000 brasileiros já preencheram formulários de interesse para entrar na fila da repatriação.
Segundo o ministro, o levantamento sobre a comunidade brasileira em território libanês tem sido feito desde outubro do ano passado, mês em que Hamas atacou Israel e desencadeou a guerra atual, e que desde agosto há sondagens sobre os interessados em deixar o Líbano.
(Agência Brasil e Ricardo Della Coletta/Folhapress)