Luciano Hang, dono da Havan, diz ter recebido inúmeras mensagens de amigos na semana passada, depois que os jornais publicaram uma fotografia da réplica da Estátua da Liberdade, símbolo da rede, diante da cheia em Lajeado (RS).
A imagem ajudou a mostrar a dimensão da destruição que atingiu o Rio Grande do Sul, mas o empresário afirma que é difícil transmitir com precisão o que está acontecendo.
"Não foi uma enchente, foi um tsunami, uma devastação. Tudo por onde passou essa água foi derrubado. É uma coisa que não dá para descrever", diz.
O prejuízo da companhia está estimado em R$ 30 milhões, mas ele diz considerá-lo pequeno se comparado ao impacto de quem perdeu suas casas.
Segundo o empresário, o plano de contingência da Havan inclui antecipação de décimo terceiro salário e participação nos resultados aos funcionários atingidos.
Hang, que se tornou um ícone da polarização entre Lula e Bolsonaro desde a eleição de 2018, hoje, pede pacificação diante da tragédia e diz ver esforços conjuntos de todos os governos.
"Neste momento, não devemos polarizar uma catástrofe como esta", afirma.
A tragédia tem sido usada nas redes sociais como munição contra o governo, superando, em alguns momentos, as postagens sobre doações e Pix para ajudar as vítimas. O próprio Hang foi alvo de fake news. Nesta semana, circularam nas redes sociais a falsa informação de que a Havan teria disponibilizado mais helicópteros do que a FAB (Força Aérea Brasileira) para atuar nos esforços no estado, além de outras mentiras. A empresa tem divulgado o trabalho de dois helicópteros para atender a população.
"O governo estadual, municipal e federal estão juntos nessa. Não precisamos dividir nem comparar quem está fazendo mais, quem chegou primeiro. Isso não importa. O que importa é que todos estão querendo fazer o melhor", afirma.