A partir de 2027, a Vale não vai mais dispensar rejeito de minério de ferro na barragem de Gelado — localizada em Carajás (PA). A estrutura já vem sendo usada há 40 anos e a expectativa é de que, em dois anos, a água não seja mais usada no processo de mineração.
É importante ressaltar que atualmente 10% do rejeito de minério retirado de Carajás e Serra Norte vão para a barragem. Os outros 90% são empilhados a seco — ou seja, sem uso de água.
A informação foi esclarecida pelo diretor do Corredor Norte da Vale, Gildiney Sales. “Primeiro, você elimina o rejeito e qualquer necessidade futura de barragem. E, logicamente, isso traz segurança, redução de custo e simplifica muito o processo. Em um processo sem água, você não tem bombeamento, linha de tubulação. Então, fica um processo muito mais competitivo, mais clean. Muito mais seguro, porque você não tem água pressurizada. Não que o sistema hoje não seja seguro, mas você tira a complexidade do processo. Quanto mais simples um processo, mais seguro e mais competitivo ele fica.”
Operação circular
Desde 2023, há uma operação circular na barragem. Isso significa que partículas de minério de ferro que não puderam ser aproveitadas no processo original de beneficiamento são retiradas da estrutura por meio de quatro dragas e comercializadas.
*A repórter viajou ao Pará a convite da Vale