Morreu, neste domingo (14 de julho), o jornalista, escritor, compositor e pesquisador da música brasileira Sérgio Cabral, aos 87 anos. A informação foi confirmada pelo filho e ex-governador do Rio de Janeiro, que leva o mesmo nome do pai. Segundo ele, o jornalista ficou internado pelos três últimos meses, sem informar o motivo da hospitalização. O velório está marcado para esta segunda-feira (15 de julho), de 8h às 12h, na Sede Náutica do Vasco, time de coração de Cabral.

“Peço a vocês que orem por ele, pela alma dele, por tudo o que ele fez no Rio de Janeiro, no Brasil, pela música, pelo futebol. Para sempre pai, eu te amo, você nunca vai sair do meu coração”, disse, emocionado, Sérgio Cabral Filho, em um vídeo publicado em sua rede social. 

Como jornalista, Sérgio Cabral contribuiu com publicações como repórter policial do Diário da Noite, dos Diários Associados, foi editor político do Última Hora, também no Rio de Janeiro, e criou ‘O Pasquim’, um jornal que se destacou pelo uso da ironia e pelo posicionamento contrário à ditadura militar. As publicações, inclusive, levaram à prisão temporária de Cabral durante o período de repressão. 

“Fica a família linda que ele construiu. [Ele] nos ensinou a ser vascaínos, a amar a música, a rejeitar o preconceito, a amar o Rio de Janeiro”, continua o filho, em luto. Sérgio Cabral foi um carioca nato e muito ligado ao samba. Como compositor, foi parceiro do maestro Rildo Hora em canções como “Os Meninos da Mangueira” e “Velha-Guarda da Portela”.

O artista também criou o musical de grande sucesso "Sassaricando - E o Rio inventou a marchinha" com a historiadora Rosa Maria Araújo. Como escritor, Sérgio Cabral publicou biografias de grandes artistas brasileiros, como Tom Jobim e Pixinguinha.

Além disso, teve atuação na política: foi vereador da cidade do Rio de Janeiro por três legislaturas (entre 1983 e 1993) e conselheiro do Tribunal de Contas do Município.