Os anos bissextos acontecem de quatro em quatro anos e acrescentam um dia no ano, o 29 de fevereiro. Em 2024, por exemplo, o dia a mais no calendário acabou jogando muitos feriados nacionais para o fim de semana, como o 7 de setembro, que deu no sábado, e o dia 12 de outubro, que também será no mesmo dia.
Por que isso acontece?
Pode até parecer simples, mas os 366 dias no ano tem uma explicação que envolve o planeta Terra, o sol e o calendário gregoriano. Entenda:
O fenômeno acontece para ajustar o ano civil ao ano trópico. A Terra leva 365 dias, 5 horas e 48 minutos para dar uma volta no sol. Quando somamos essas 5 horas e 48 minutos que sobram, eles dão exatamente um dia a mais a cada quatro anos.
"Se não fizermos esse ajuste a cada quatro anos, as estações vão mudando de mês”, disse a pesquisadora do Observatório Nacional (ON), do Rio de Janeiro, Josina Nascimento, em entrevista à Agência Brasil.
O ano bissexto existe desde 1582, quando o Papa Gregório 13 precisou retirar 10 dias do calendário para corrigir a defasagem, já que o calendário estava adiantado em relação à rotação da Terra.
“Sem isso, as estações do ano começariam a fugir das datas habituais. Hoje, temos determinadas épocas com características próprias”, diz o astrônomo Renato Las Casas, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O calendário gregoriano, que é o que nós seguimos, é montado conforme o movimento da Terra em torno do sol. Também existem outros calendários como o Lunar e o Lunissolar. Todos eles também precisariam do ano bissexto para se adequar.