Na tarde do feriado de Tiradentes (21/4), um girocóptero caiu no Rio Grande do Norte e deixou dois mortos. Flavius Neves, piloto de 66 anos, e Geraldo Francisco da Silva, de 42, morreram. A aeronave, projetada para duas pessoas, é semelhante a um helicóptero, mas opera de uma forma bastante distinta.
O que é um girocóptero
Também conhecido como autogiro, o girocóptero é uma aeronave que lembra um helicóptero, mas não funciona da mesma forma. O girocóptero tem um rotor grande no topo, mas esse não é ligado a um motor. Ou seja, esse rotor gira livremente com o vento, enquanto a aeronave se move para frente. Esse processo é chamado de auto-rotação.
Dessa forma, o componente que realmente impulsiona o girocóptero para frente é uma hélice na parte de trás. Essa, sim, é movida por um motor, semelhante ao de um avião de pequeno porte e monomotor.
Na definição da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil): "Aeronave de asas rotativas cujos rotores não são acionados por motor (exceto, eventualmente, para partida) mas giram pela ação do ar quando a aeronave está em movimento e cujo meio de propulsão, consistindo geralmente de hélices convencionais, é independente do sistema de rotor."
Diferença entre o girocóptero e o helicóptero
A principal diferença no funcionamento de um girocóptero e o de um helicóptero é que esse último pode pairar no ar, ou seja, ficar parado no mesmo ponto. Já o girocóptero, pela auto-rotação, precisa estar sempre em movimento para manter o rotor girando e se manter em voo.
Grande parte dos girocópteros consegue atingir altitudes entre 300 e 1.500 metros acima do solo, e algumas, mais potentes, podem chegar ainda mais alto. Eles, porém, voam bem mais baixo que aviões e, por isso, são usados para voos panorâmicos e turísticos, de curta duração, para observação e lazer. O piloto realiza o voo visual.