A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil usou as redes sociais para mandar um recado aos imigrantes brasileiros que estão ilegalmente no país. Em publicação feita nesta quarta-feira (23/7), o escritório da Casa Branca em Brasília fez um chamado para que quem não esteja com a situação regularizada viabilize a saída do território norte-americano. O post segue a política de Donald Trump, que endureceu as regras para entrada de estrangeiros no país

“Até o E.T sabia a hora de voltar para casa", disse a Embaixada em imagem publicada. O texto que acompanha a publicação também orienta como os imigrantes podem retornar ao Brasil. “Use o aplicativo CBP Home e vá embora agora, com apoio e dignidade. Você receberá assistência para a viagem e uma ajuda de custo para retornar ao seu país de origem”, acrescenta. 

O CBP é uma ferramenta criada pelo governo Trump para facilitar o retorno voluntário de imigrantes ilegais aos seus países de origem. Desde janeiro, mais de mil brasileiros já foram deportados ao Brasil pela Casa Branca. 

Tensão diplomática 

A publicação ocorre em meio a um estresse diplomático entre Brasil e Estados Unidos, após o presidente Donald Trump anunciar uma taxa de 50% às exportações brasileiras. Ao impor a cobrança, válida a partir de 1º de agosto, a Casa Branca atrelou o endurecimento da barreira comercial ao Brasil ao processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado.

O governo brasileiro respondeu lançando uma campanha de defesa da soberania nacional intitulada ‘O Brasil é dos brasileiros’. Em paralelo a isso, um comitê com integrantes do Executivo e empresários, chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, tenta negociar a derrubada da taxa com a Casa Branca. 

Nesta quarta, o Brasil criticou abertamente à Organização Mundial do Comércio (OMC) a decisão de Trump em estabelecer uma tarifa de 50% às exportações brasileiras. Durante reunião do organismo internacional nesta quarta-feira (23), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) classificou a medida como ‘arbitrária’ e condenou a forma como a cobrança adicional foi anunciada.