BRASÍLIA - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu em defesa de Jair Bolsonaro (PL) e declarou que o ex-presidente brasileiro “não é culpado de nada” e sofre uma “caça às bruxas”. A manifestação foi publicada nesta segunda-feira (7), nas redes sociais de Trump. “DEIXE BOLSONARO EM PAZ!”, escreveu, em caixa alta, acrescentanto que o único julgamento que Bolsonaro deveria enfrentar é pelos eleitores.
Para o líder dos EUA, o Brasil faz uma “coisa terrível” no tratamento a Bolsonaro. Trump disse estar assistindo, “assim como o mundo, como eles não fizeram nada além de ir atrás dele, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano!”.
“Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo POVO. Eu conheci Jair Bolsonaro, e ele foi um líder forte, que realmente amava seu país — também, um negociador muito duro em COMÉRCIO. Sua eleição foi muito apertada e agora, ele está liderando nas pesquisas. Isso não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político — algo que eu sei muito sobre!”, declarou.
Trump se comparou à situação, disse que sofreu ataque semelhante, mas ampliado por 10, e agora os EUA são o “país é o ‘MAIS QUENTE’ do mundo!”.
“O Grande Povo do Brasil não vai tolerar o que eles estão fazendo com seu ex-presidente. Estarei assistindo à CAÇA ÀS BRUXAS de Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores, muito de perto. O único julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do Brasil — chama-se eleição. DEIXE BOLSONARO EM PAZ!”, finalizou.
Jair Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado para continuar no poder depois de ter perdido as eleições em 2022. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente liderou uma organização criminosa, composta também por seus aliados políticos.
Além disso, Bolsonaro foi condenado duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está inelegível, ou seja, impedido de concorrer nas próximas eleições. Uma das condenações é sobre a reunião que comandou em julho de 2022, para repassar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro a embaixadores de outros países. A segunda, por uso eleitoral das comemorações de 7 de setembro de 2022.
A declaração de Trump foi feita em um momento de atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA desde março em busca de sanções para autoridades brasileiras que, de acordo com ele, "perseguem" sua família. Por conta disso, Eduardo virou alvo de um inquérito.