Mulheres negras de diversos países da América Latina e Caribe celebram nesta sexta-feira (25) o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data reconhece a luta contra o racismo e o sexismo, destacando a resistência das mulheres negras ao longo da história.

A origem da celebração remonta a 1992, quando foi realizado o Primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas na República Dominicana. O encontro estabeleceu as bases para uma articulação internacional entre mulheres negras do continente.

A pesquisadora Eliane Barbosa explica o significado histórico da data. "É uma data de suma importância, pois as Américas foram o continente que recebeu a população negra. Este é o continente da pluralidade racial. Celebrar este dia significa reconhecer a presença das mulheres negras, seu papel fundamental na sociedade e a necessidade de atenção e escuta", afirmou.

Para Pietra Souza, profissional do audiovisual, a data também vai além da luta política. "É um dia de importância histórica. É um dia de relembrar memórias, é um dia de luta, mas, no meu ponto de vista, é principalmente um ponto de celebração. Celebrar essas semelhanças entre nós. Mulheres negras são bonitas, e eu acredito que é o dia de celebrar essas potências", destacou.

No Brasil, o 25 de julho também é reconhecido como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra desde 2014, instituído por lei federal. Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola do século 18 que, à frente do Quilombo do Quariterê, em Mato Grosso, resistiu à escravidão e estabeleceu um sistema político e econômico autônomo.

A data valoriza a história de mulheres como Tereza de Benguela e outras que lutaram por direitos, igualdade e visibilidade para as mulheres negras em toda a América Latina e Caribe.

Com informações de Agência Brasil.