Uma brasileira de 44 anos, naturalizada portuguesa, foi assassinada brutalmente por seu ex-companheiro, na madrugada de sábado (6), em Torres Vedras, cidade que fica no distrito de Lisboa, em Portugal.

Heila Lopes foi encontrada por sua filha de 14 anos com marcas de estrangulamento no pescoço, e jogada na banheira da casa em que viviam. As informações são do jornal português "Correio da Manhã". 

Amigos e familiares de Heila contaram às autoridades responsáveis pelo caso que, há pelo menos sete meses, António José Silva, um pastor conhecido como Zé das Cabras, de 54 anos, ameaçava a mulher. Eles teriam tido um caso, mas nunca chegaram a namorar oficialmente.

António não aceitava o fim do relacionamento e, horas antes de cometer o crime, teria avisado a amigos de Heila que eles deveriam "se despedir dela". Além das constantes ameças, o homem já tinha histórico de violência e foi sua agressividade que fez com que a vítima se afastasse dele. 

Depois de cometer o crime, António avisou a um amigo que também mataria o atual namorado de Heila e se suicidaria em seguida. Antes que isso acontecesse, agentes portugueses o encontraram em sua casa. Ele foi preso e deve passar por uma audiência na tarde desta segunda-feira (8). 

Perseguição brutal

Naturalizada portuguesa, Heila tinha dois filhos: uma menina de 14 anos e um jovem de 20. Ao "Correio da Manhã", uma amiga da vítima contou que ligou diversas vezes para ela no dia do crime, mas nunca recebeu retorno. Preocupada, telefonou para a filha da amiga e pediu que ela fosse imediatamente para casa. 

"Depois que eu liguei muitas vezes e ela não atendeu, pedi pra filha dela ir pra casa e tomei um táxi em seguida. A menina chegou lá primeiro, viu o corpo jogado e logo ligamos para a polícia, rezando para que a Heila estivesse apenas desmaiada", contou a amiga. 

Segundo ela, Heila já tinha há muito decretado o fim do relacionamento, mas o homem nunca aceitou. "Ele judiou muito dela antes de matá-la, foi uma cena de horror. Ela que era branquinha e loirinha e foi encontrada toda roxa, toda machucada", desabafou ao jornal. 

A Polícia trabalha com a hipótese de que o acusado tenha seguido a ex-companheira depois que ela deixou seu turno em um bar onde era gerente há sete meses. O homem teria invadido o apartamento e assassinado a mulher antes de voltar para sua casa. 

Heila é apenas uma entre as 14 mulheres que já foram vítimas de violência doméstica em Portugal, em 2019.