Pessoas que contraíram a Covid-19, mas ficaram assintomáticas ou apresentaram sintomas leves ou moderados da doença, correm o risco de desenvolver a enfermidade de forma mais intensa em caso de reinfecção. O segundo contágio com sintomas mais severos pode acontecer mesmo sem a presença das variantes do vírus, consideradas mais agressivas.
É o que aponta um estudo desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Instituto D'Or de Ensino e Pesquisa (IDOR). O resultado da pesquisa, que ainda não foi publicada e nem submetida a avaliação em revista científica, foi antecipado pela CNN Brasil.
O dado preocupa pois derruba a ideia de que as pessoas ficam imunes após a infecção. Além disso, de acordo com o pesquisador Fernando Bozza, um dos responsáveis pelo estudo, no segundo contágio as vítimas apresentam quadro mais agudos do novo coronavírus.
A pesquisa foi realizada no Rio de Janeiro e analisou apenas o vírus que circulava pelo país no início da pandemia. Mesmo com as novas cepas fora do estudo, Bozza diz que o risco de reinfecção em relação às variantes é maior.
A descoberta reforça a importância de seguir as medidas sanitárias, como isolamento social, uso de máscara e higienização das mãos, para evitar conter os efeitos devastadores da pandemia.