Cerca de 260 mil belo-horizontinos entre seis meses e 29 anos estão sem proteção e precisam ser alcançados pela Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo, que começou nesta segunda-feira.
Na primeira fase, o foco são as crianças de seis meses 5 anos incompletos – 10 mil delas, ou 10,1%, estão sem vacina. O Dia D – quando todas as 152 unidades da cidade vão funcionar no sábado – está marcado para 19 de outubro. Belo Horizonte conta com 45 mil vacinas para essa primeira etapa.
A vacinação do segundo grupo, de pessoas de 20 a 29 anos, começa no dia 18 de novembro. Nessa faixa etária, a cobertura é menor: 50% – ou 250 mil pessoas – estão sem vacinação na capital mineira.
O recomendado é que todos de até 29 anos tenham duas doses de imunização contra o sarampo – o ideal é que a primeira seja tomada aos 12 meses e a segunda, aos 15 meses.
Para reforçar a proteção, neste ano, o Ministério da Saúde criou uma dose extra, para crianças entre seis meses e 11 meses e 29 dias.
“É o momento de proteger essas crianças, porque, nelas, a doença pode se desenvolver de forma mais grave, levando a complicações, como pneumonia, encefalite, surdez e levar ao óbito”, reforça a assessora da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jandira Lemos.
Na capital mineira, 88% dessa faixa etária foi vacinada, segundo os dados mais recentes divulgados em 19 de setembro. A meta é chegar a 95%.
O Ministério da Saúde vai disponibilizar R$ 206 milhões de verba extra aos municípios que alcançarem o mesmo número na faixa de 1 a 5 anos – Belo Horizonte tem a marca de 89,9%.
Até o levantamento mais recente, do fim de agosto, 5.404 casos de sarampo foram confirmados no Brasil. Foram seis mortes, quatro delas de crianças menores de 1 ano.
Minas Gerais está com surto ativo de sarampo, tendo registrado 34 casos da doença em 2019, de acordo com o último boletim da Secretaria do Estado de Saúde, publicadas na última semana.