Médicos infectologistas mineiros criticam a forma de divulgação da pesquisa norte-americana que relaciona a doença provocada pela bactéria Staphylococcusaureus ao universo gay. De acordo com uma matéria publicada no jornal "The New York Times", eles teriam 13% a mais de chance de contrair a doença.
O estudo mostra que uma cepa altamente resistente ao medicamento meticilina se espalhou entre homossexuais de São Francisco e Boston, pois uma de suas formas de transmissão é via relação sexual anal. Mas segundo o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Carlos Starling, a contaminação é um problema suscetível a qualquer pessoa. E um agravante destacado pelo profissional é o desconhecimento da população para seus sintomas e contágio.
"Uma falha que há hoje em nosso país é que os casos notificados ficam restritos a divulgação em congressos médicos. Não há um programa para abordagem e orientação popular", reclamou o infectologista. Conforme dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, 19 mil pessoas faleceram lá em decorrência dessa nova cepa em 2005. O presidente da sociedade lembrou de ocorrências recentes da doença na região Sul do Brasil, mas não soube informar a quantidade exata de casos. O surto mais grave da doença na América Latina ocorreu no Uruguai.
Starling esclareceu que a bactéria Staphylococcus aureus é da mesma espécie daquela que provoca a infecção hospitalar. No entanto, suas características genéticas são diferentes e seus efeitos no organismo são mais agressivos. Ela se manifesta por meio de abscessos (furúnculos) na pele de cores avermelhadas. Só que na forma mais grave, pode provocar pneumonia, infecção da corrente sangüínea e até danificar o coração. Os fatores que favorecem sua proliferação e disseminação são as condições precárias de higiene e a promiscuidade. (FP)
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