Escândalo

Morre em SP travesti envolvido com Ronaldo

Corpo foi enterrado ontem em cemitério de Mauá, região do ABC paulista


Publicado em 10 de julho de 2009 | 23:46
 
 
 
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São Paulo. O atestado de óbito do travesti Andréia Albertini, 22, que morreu quinta-feira em um hospital em Mauá, no ABC, em São Paulo, indica como causa da morte "coma neurotoxiplasmose síndrome imunodeficiência adquirida". O corpo de Albertini foi enterrado na manhã de ontem, no Cemitério Santa Lídia, em Mauá.

O travesti, que se chamava André Luiz Ribeiro Albertini, ficou conhecido após se envolver em um escândalo com o jogador de futebol Ronaldo em abril de 2008. Poucos parentes e amigos acompanharam o enterro, após toda a madrugada de velório.

Andréia estava morando em um flat em São Paulo havia dois meses. Para a mãe, Andréia não estava acostumada com o frio que enfrentou quando chegou. Além disso, uma forte depressão teria acelerado a doença. As condições de saúde dela foram descobertas depois que a dona do flat estranhou o confinamento da travesti, que não saía há dias, e resolveu arrombar a porta.

Segundo a mãe, Sônia Ribeiro, ela foi encontrada sentada no sofá, sem forças para se levantar ou comer. Com a ajuda do ex-marido e pai de criação de Andréia, Sonia saiu de Mauá, onde mora, e foi até São Paulo. Ela relembra que trouxe Andréia para casa bastante debilitada e a levou para o hospital, onde já chegou em coma. No hospital, o médico disse que a situação era delicada. "Ele me disse que, se sobrevivesse, ela ia ser um vegetal".

Vaidosa, Andréia gostaria da repercussão da morte
São Paulo. A mãe do travesti Andréia Albertini, a dona de casa Sônia Maria Ribeiro, 49, disse não querer que o filho seja lembrado pela Aids. Sônia lembrou ainda que o filho era muito vaidoso e que gostava de ser trado como mulher. "Eu acredito que ela ia ficar contente com a repercussão de sua morte, sinal de que ela não morreu no anonimato. Ia dizer: ‘O pessoal lembrou de mim’. Não deixa de ser uma homenagem, embora em uma situação terrível", afirma a mãe, que se refere a Andréia como "ela" porque "era assim que ela gostava de ser chamada".
Segundo ela, Andréia se dava bem com os dois irmãos, um de 32 anos e outro de 14. "Ela jogava videogame com o mais novo. Os dois ficavam mexendo nos joguinhos do celular", relembra a dona de casa.

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