Os proprietários da Camisaria Colombo, Álvaro Jabur Maluf Júnior e Paulo Jabur Maluf, são investigados pela Polícia Civil de São Paulo por envolvimento em esquema de fraude bancária e ocultação de patrimônio. A operação policial foi deflagrada nesta quinta-feira (21/11) e resultou na prisão temporária de Álvaro Jabur Maluf Júnior. O grupo teria movimentado cerca de R$ 21 milhões por meio de fraudes no sistema bancário.

A ação policial visa desarticular uma organização criminosa composta por pelo menos sete pessoas, suspeitas de cometer crimes de furto mediante fraude e fraude contra credores. Segundo informações do g1, além dos irmãos Maluf, a justiça expediu mandados de prisão temporária contra Bruno Gomes de Souza, representante legal da BS Capital, e Mauricio Miwa, funcionário da mesma empresa de gestão de valores, sendo que um deles também foi detido.

Início das investigações

As investigações começaram em dezembro após denúncia formal do PagSeguro, instituição financeira que identificou um furto milionário por meio de fraude tecnológica. Segundo a polícia, os investigados exploraram vulnerabilidades no sistema bancário para criar créditos inexistentes.

O esquema operava com a movimentação de valores distribuídos em diversas contas bancárias. Do total de R$ 21 milhões transferidos para uma conta da BS Capital, R$ 9 milhões foram movimentados em apenas três semanas, entre 1 e 21 de outubro do ano passado.

A operação policial mobilizou mais de 20 agentes da Divisão de Crimes Cibernéticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo. Além dos mandados de prisão, a justiça autorizou 12 buscas e apreensões em endereços na capital paulista, nas cidades paulistas de Birigui e Avaré, e também em Brasília.

Segundo as investigações, o objetivo do esquema seria dissimular bens e valores durante o processo de recuperação judicial da Camisaria Colombo, prejudicando credores do sistema financeiro nacional.

Camisaria Colombo

A Camisaria Colombo é uma tradicional rede varejista de moda masculina do Brasil. Fundada em 1917 em São Paulo, a empresa se consolidou no mercado nacional com a venda de ternos, camisas, gravatas e outros itens de vestuário masculino, com lojas em shoppings e centros comerciais por todo o país.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre a defesa dos investigados ou posicionamentos oficiais dos envolvidos no caso.