O Ministério Público Federal (MPF) fez uma recomendação ao Google para que ele retire todo os vídeos do Youtube que tenham “publicidade de produtos e serviços destinados ao mercado infantil e protagonizados por crianças de até 12 anos de idade”. O MPF se refere a vídeos que já entraram na rotina dos pais brasileiros, onde crianças, conhecidas como ‘youtubers’ mirins, descrevem aos seus seguidores os brinquedos que ganham de diversas marcas e lojas.
Além de tirar os vídeos do ar, o MPF recomenda que uma advertência seja colocada na página inicial do Youtube explicando que essas propagandas dirigidas ao público infantil, feita por crianças, não são permitidas no Brasil.
“O merchandising no país já tem restrições legais. Quando é dirigido para o público infantil é totalmente ilegal”, afirma o autor da recomendação, o procurador da República Fernando de Almeida Martins. A recomendação foi resultado de uma denúncia feita em relação ao canal “Bel para meninas”, de uma criança de 8 anos que tem 1,8 milhão de seguidores no Youtube.
Segundo o MPF, a propaganda infantil é “proibida pela legislação brasileira”, por ser “potencialmente abusiva” e se destinar a um público suscetível a apelos emotivos. Para a administradora Pamela Barbosa, 30, que tem um filho de 7 anos, a ação é positiva. “Ele é muito influenciado pelas propagandas. Mais ainda pelas veladas, aquelas que estão dentro dos vídeos e são feitas pelos youtubers”, avalia.
O MPF cita uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) de 2014, que considera abusiva toda publicidade direcionada ao público infantil. Segundo o MPF, as resoluções do Conanda têm força de lei e cumprimento obrigatório.
A professora Lays Moreira, 44, mãe de uma menina de 10 também aprova a recomendação. “Não vejo como censura a proteção das crianças, para que elas não sejam expostas a conteúdos que não têm maturidade para compreender”, opina. O Google foi procurado, mas não quis se pronunciar.
Prazo definido
Além de retirar os vídeos dos youtubers do ar, as mães acreditam que devem acompanhar o que os filhos assistem na wev. “É necessário que os pais, a família, façam o trabalho de orientação e acompanhamento”, afirma a professora Lays Moreira, 44, mãe de uma menina de 10.
“Temos que nos preocupar com este novo veículo (Youtube). Já que hoje é principal veiculo que conversa com nossas crianças. Não dá para ser um ambiente sem lei”, diz a administradora Pamela Barbosa, 30. (LP)
Acompanhar é necessário para mães
Além de retirar os vídeos dos youtubers do ar, as mães acreditam que devem acompanhar o que os filhos assistem na wev. “É necessário que os pais, a família, façam o trabalho de orientação e acompanhamento”, afirma a professora Lays Moreira, 44, mãe de uma menina de 10.
“Temos que nos preocupar com este novo veículo (Youtube). Já que hoje é principal veiculo que conversa com nossas crianças. Não dá para ser um ambiente sem lei”, diz a administradora Pamela Barbosa, 30. (LP)