Depois de ser inocentada por seu companheiro que assumiu a responsabilidade pelo crime, Jaqueline Vieira, 21 anos, foi indiciada pela Polícia Civil pela morte de sua filha Emanuelly, de apenas um ano. O crime aconteceu no dia 19 de abril, em Santa Rita do Araguaia, em Goiás. A mãe responderá por homicídio qualificado.
O caso sofreu uma reviravolta durante as investigações. Logo que a criança morreu no hospital para onde havia sido socorrida, Gabriel Felizardo Silva, padrasto da menina, assumiu a culpa sobre o homicídio e foi imediatamente preso. A mãe de Emanuelly chegou a dar uma entrevista para a televisão na qual chorou e lamentou a morte da filha.
A versão de Gabriel não convenceu os investigadores e, na última segunda-feira (29), Jaqueline foi inquirida sobre a morte da filha e confessou o crime. O padrasto havia assumido a responsabilidade acreditando que a mulher estava grávida e, portanto, sentiu que deveria protegê-la.
O crime
No dia 19 de abril, Gabriel e Jaqueline levaram Emanuelly cheia de fraturas a um hospital na cidade e contaram aos médicos que a menina havia caído da cama. No entanto, funcionários da unidade desconfiaram e chamaram a polícia.
Em depoimento, Gabriel contou que bateu na enteada porque ela estava chorando muito e isso o atrapalhava a dormir. A versão foi desmentida por Jaqueline posteriormente.
O delegado Marcos Guerini, responsável pelo caso, informou ao G1 que a mulher afirmou não ter nada contra a filha, mas que tinha sofrido uma explosão de raiva que resultou na agressão. "A criança acabou estando no lugar errado na hora errada", afirmou.