Paredes do lado de fora da Câmara Municipal do Rio de Janeiro foram pichadas nesta segunda-feira (07) por manifestantes do grupo ligados ao Black Bloc. Manifestantes também jogaram artefatos semelhantes aos usados nas festas juninas e tentaram atear fogo no prédio com bombas de coquetéis-molotov. O artefatos provocou fogo dentro do prédio, na lateral da Rua Evaristo da Veiga. Um ônibus também foi incendiado por manifestantes no centro da cidade durante por manifestantes.

A manifestação, em defesa da educação, começou de forma pacífica, por volta das 18h, na Igreja da Candelária até a Cinelândia. A maior parte dos manifestantes é formada por grupos de professores municipais, estaduais, estudantes e sindicalistas, que não se envolveram nos atos de pichação e vandalismo.

Alguns manifestantes jogaram coquetel molotov nas janelas do prédio, que estão protegidas com chapas de madeira. Outros invadiram agências bancárias na Cinelândia e quebraram as vidraças. As pichações fazem referência contra o governador do Rio, Sérgio Cabral, e frases como "Mais livro e menos bomba". Algumas pessoas subiram na fachada do prédio com um cartaz pedindo a libertação da ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel, indiciada por pirataria pela Rússia após protesto.

Uma lei proíbe o uso de máscaras ou cobrir os rostos em protestos no Rio.

A manifestação, intitulada Um Milhão pela Educação, ocupa toda a área em frente à Câmara e à Biblioteca Nacional. Poucos policiais acompanham o protesto e evitaram se aproximar dos manifestantes na maior parte do tempo.

A estudante de pedagogia e direito Gabriela Guedes, participante do protesto, disse que apoia a causa e defende o reajuste dos salários dos docentes. "Sem os professores, nós não temos nenhum tipo de profissional. É muito importante que as pessoas se conscientizem, a população, e os universitários estão também aqui na luta para apoiar essa causa, que é muito digna". Para ela, as manifestações dos últimos meses renderam bons frutos e são uma boa forma de reivindicar direitos, apesar da violência.

 

Com Agência Brasil