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Saúde: "Quem não tem máscara descartável faz com pano e elástico"

Secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis explica que o importante é não deixar gotículas se propagarem, no caso dos suspeitos de contaminação

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de março de 2020 | 19:47
 
 
 
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A falta de máscaras descartáveis para evitar a contaminação pelo novo coronavírus levou o Ministério da Saúde a orientar a população a fazer suas próprias máscaras, com o uso de tecido e elástico, caso não tenha o material descartável.

"É uma barreira física. Vamos deixar as máscaras descartáveis para serem utilizadas pelos hospitais e profissionais de saúde", disse João Gabbardo dos Reis, secretário executivo do Ministério da Saúde.

"A máscara, para a população que quer impedir de contaminar outras pessoas, é uma barreira. Faz com pano, quem não tem alternativa. Pega um tecido, coloca um elástico, é uma barreira física para que não haja, ao falar, ao tossir ou espirrar, a disseminação de gotículas que possam contaminar outras pessoas. Vamos deixar as máscaras, essas que têm registros, aprovadas pela Anvisa, que sejam usadas nos hospitais, pelos profissionais da saúde".

O governo afirmou que tem procurado adquirir as máscaras em diversos países e que já comprou todo o estoque disponível no Brasil. Mesmo assim, tem enfrentado dificuldades.

"A questão da máscara é insuficiente no mundo inteiro. Os Estados Unidos não têm máscara suficiente, o mundo não tem. Estamos fazendo esforço do que é possível", disse Gabbardo.

As exportações de máscaras foram proibidas. Nessa segunda (23), uma operação prendeu 5 milhões de máscaras em Santa Catarina, material que estava pronto para ser exportado, segundo o Ministério da Saúde.

"Entre ontem e amanhã, vamos fazer 71 apreensões com apoio da Receita Federal, 71 apreensões de exportações de produtos que não podem mais ser exportados, como respiradores, monitoradores e equipamentos de proteção individual", comentou.

Segundo o secretário, a remessa de material enviado nesta semana para a Itália refere-se a um acordo de semanas atrás, que já estava firmado.

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