Em março, a Citerol completa 53 anos. A marca – uma das maiores indústrias de confecção de uniformes do Brasil, com produção em torno de 30 mil peças por mês na fábrica instalada em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte – já vivenciou turbulências econômicas de todo tipo no país, mas a mais recente crise do Brasil, além de ser longa, foi, para o presidente da Citerol, René Wakil Júnior, muito violenta. “E nós conseguimos nos sustentar. Conseguimos manter a empresa, os clientes, a satisfação dos clientes com nossos produtos, e acredito que agora só temos a retomar, crescer e continuar crescendo, e que a empresa dure por mais de cem anos”, avalia o industrial e vice-presidente da Fiemg.
Além de reduzir quadro de funcionários na crise – hoje são 200 empregados –, Wakil cortou muitos custos e fez ajustes para continuar modernizando a empresa, informatizando e buscando novas formas de atender os clientes, o que fez a Citerol sobreviver.
Com atuação em todos os Estados brasileiros, atualmente, a Citerol trabalha em dois segmentos: no varejo de uniformes, em que tem 80 mil clientes, e no atacado, com cerca de 3.000 clientes. “Atendemos os clientes das forças públicas de segurança, polícias militares, guardas municipais, guardas de trânsito, e atendemos também clientes corporativos, por exemplo, distribuidores de automóveis como Volkswagen, Fiat, GM e Jeep. Atendemos também o segmento de pequenas e médias empresas que precisam de uniforme para escritório, para uma loja, para vendedor ou até para um evento”, enumera.
Para ganhar as concorrências em licitações de empresas públicas, Wakil se baseia em diferenciais. “É uma conjunção de fatores: temos o preço justo para o uniforme de qualidade espetacular. Quando nosso cliente recebe o uniforme, ele vê que é diferenciado, feito dentro da mais alta técnica, é assim que se ganha mercado”, ensina.
Novo momento. Agora, Wakil acredita que estamos entrando num clima de otimismo no país com as mudanças que devem acontecer. Por isso, já é possível esperar um novo crescimento da empresa, atendendo mais encomendas e acreditando que os clientes vão crescer e consumir mais o produto da Citerol. Por isso, o industrial calcula que terá um incremento de 20% tanto no volume de produção quanto no faturamento.
Agora, a Citerol tem a gestão da terceira geração da família, com os filhos de Wakil, André e René. “Eles também estão otimistas com o Brasil. Temos que acreditar”, afirma.
Para André Wakil, uma característica das três gerações no comando da empresa é que todas as gestões têm sido legalistas. “Fazemos tudo dentro da lei. Cumprimos com nossos deveres”.
Modelo é baseado na inovação diária e na capilaridade
A história da Citerol perpassa três gerações: o patriarca René Wakil, que passou o comando para o filho René Wakil Júnior, que agora cuida de assuntos estratégicos, enquanto a gestão fica com os netos do fundador André e René. E estes têm atenção redobrada com a inovação diária e administração técnica com muitos indicadores e números. “Somos preocupados em sermos pioneiros em uniforme por trazermos o que tem de mais tecnológico em tecidos, costuras e logística. Além disso, investimos muito em marketing e canais de distribuição. Então, temos a loja virtual www.citerol.com.br, que já vende muito”, detalha André Wakil, diretor comercial e de marketing.
André explica que o modelo da Citerol tem capilaridade gigantesca, o que permite atender empresas desde o pequeno varejista até uma grande indústria em todo o Brasil. “Criamos coleções de uniformes capazes de atender empresas privadas e de órgãos públicos em todos os Estados”, conta.
Para o executivo, o sucesso da Citerol está amparado na qualidade do uniforme com a durabilidade, o conforto e o estilo que nenhuma empresa no Brasil tem e com o processo de confiança, que começa desde a escolha do uniforme até a entrega dentro do prazo.