FOLIA

Zema sobre briga e uso de spray de pimenta no Carnaval: 'lamentável'

Governador afirmou que há melhorias a serem feitas, mas que é impossível evitar delitos de menor potencial em uma festa do tamanho da de Belo Horizonte

Por Raquel Penaforte
Publicado em 18 de janeiro de 2024 | 14:07
 
 
 
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O governador Romeu Zema (Novo) classificou o episódio que envolveu uma briga  no bloco Truck do Desejo, durante o Ensaio Geral, como algo "lamentável" e a ser aprimorado. O vice-governador Mateus Simões (Novo) completou a fala de Zema dizendo que a ação da Polícia Militar foi "adequada" e que essa foi uma resposta da corporação aos foliões que desejam "tumultuar a festa". 

"Foi lamentável o incidente. Estamos tomando todas as medidas necessárias, e queremos que isso seja evitado. Eu diria que é impossível um delito de menor potencial não acontecer em um Carnaval dessa magnitude, mas estamos fazendo tudo o que for possível para que isso não ocorra", declarou Zema.

O vice-governador destacou a ação dos policiais. "Ordem de polícia tem que ser cumprida sempre.(...) A polícia agiu de forma adequada. Infelizmente foi necessário o uso do spray porque não houve atendimento imediato as ordens dos policiais. Isso é um aviso a todos os foliões", disse.

Entenda

 

Por meio de nota, a Polícia Militar justificou que utilizou o spray de pimenta para conter uma "briga generalizada", o que necessitou da intervenção da equipe de segurança com alguns "instrumentos de menor potencial ofensivo". Conforme o comunicado, isso se fez necessário para "restabelecer a ordem e conter os agressores". Ninguém foi preso.

Segurança no Carnaval

Conforme publicado por O TEMPO, no último domingo (14 de janeiro), durante o cortejo do bloco Truck do Desejo, os militares utilizaram spray de pimenta com o objetivo de dispersar uma suposta briga que estaria acontecendo próximo à corda, que separa o bloco do público. Algumas pessoas, entre integrantes da bateria, da ala de dança, da banda e até mesmo do público, foram atingidas. Por causa da confusão, o ensaio chegou a ser suspenso por cerca de 40 minutos. Representantes do bloco questionaram a ação da polícia, utilizando o novo sistema de som.

O Carnaval de Belo Horizonte deve ter o reforço de 500 policiais militares do interior durante os dias de folia, entre 9 e 13 de fevereiro. O efetivo contará com o apoio de militares dos setores administrativos, além dos servidores que estavam de folga e de férias. Em todo o Estado serão 36 mil policiais envolvidos com a festa. As ações, segundo o comandante, terão início no dia 30 de janeiro e devem seguir até o dia 26 de fevereiro.

Para o governador Romeu Zema, a polícia está preparada para o período festivo. "Carnaval precisa ser seguro e organizado. Estamos preparando o maior e melhor Carnaval em Minas", garantiu. Segundo Zema, as equipes de segurança também estão orientadas em relação aos detentos que não retornaram para os presídios por causa do benefício da "saidinha".

"Os foragidos nos preocupam, e a nossa intenção é capturar todos. São pessoas que oferecem riscos para a cidade", completou. Zema também defendeu prioridade à votação do Projeto de Lei (PL) 2.253/2022, que está em tramitação no Senado e prevê a extinção do benefício.

Conforme balanço apresentado pela Polícia Militar nesta quarta-feira (17 de janeiro), 61 detentos ainda não retornaram às unidades prisionais de Minas Gerais ao final da saída temporária de Natal e Ano Novo. Com o novo resultado da operação “Escudo”, 99 dos 160 detentos (61%) que receberam o benefício e não haviam voltado foram recuperados. Até que todos sejam encontrados, a polícia continua as buscas.

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