Uma mulher trans, de 30 anos, foi presa, nessa segunda-feira (14), em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela é suspeita de latrocínio - roubo seguido de morte. No momento da prisão, a mulher fazia um churrasco, em casa, com o companheiro.

Outras duas comparsas, também mulheres trans, já foram identificadas e ainda são procuradas pelas forças de segurança. O crime em que as mulheres são suspeitas de terem envolvimento ocorreu no dia 12 agosto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. 

Um homem, de 50 anos, teria contratado os serviços sexuais das três mulheres. O atendimento seria prestado no interior do carro do cliente. Porém, as mulheres teriam aceito o programa para furtar e extorquir a vítima.

No instante em que o homem percebeu que havia caído numa espécie de 'emboscada', ele tentou sair correndo do veículo. Porém, o carro se moveu e o homem morreu esmagado entre o próprio automóvel e uma árvore. 

As mulheres que presenciaram a cena, não acionaram a polícia nem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Elas aproveitaram para furtar o aparelho celular da vítima e fugir. Uma testemunha filmou o momento em que a vítima agonizava enquanto as mulheres buscavam por pertences de valor no interior do veículo.    

Reviravolta

De acordo com a Polícia Civil, em primeiro momento, o caso foi tratado pelas forças de segurança como acidente de trânsito. Contudo, após investigações foi constatado que o episódio se tratou de um latrocínio.

As apurações apontaram que as mulheres trans são acostumadas a extorquir ou furtar seus clientes. Todas possuem passagem pelo sistema penitenciário.Elas atuam de modo itinerante em Belo Horizonte. Contudo, costumam agir em pontos conhecidos da cidade para a prostituição.

Ainda conforme as apurações policiais, a mulher trans presa ainda possui envolvimento em outro crime. Em julho, a suspeita teria furtado de um cliente sexual o aparelho celular, que ela estava usando em benefício próprio. Além disso, a mulher havia realizado compras com o cartão de crédito dessa vítima.

"Na ocasião, ela teria comprado um ventilador em uma loja de eletrodomésticos. Imagens de câmeras de vigilância do estabelecimento mostram a mulher e o companheiro no interior da loja realizando a compra. Essas mulheres agem sempre do mesmo modo, extorquindo, ameaçando ou furtando seu clientes sexuais ", destacou o delegado Warlyson Henriques.