A falta de profissionais da saúde foi um dos grandes problemas enfrentados pela Prefeitura de Belo Horizonte e pela população da cidade, que registrou milhares de reclamações com ausências ou atrasos nos atendimentos por especialistas, como pediatras e ortopedistas. 

Para tentar estancar o problema, a PBH prevê para o próximo ano um concurso público com 12 mil vagas a serem ocupadas ao longo de quatro anos da gestão Fuad. A informação foi dada pelo Secretário Municipal de Saúde, Danilo Borges, durante a apresentação do balanço de ações da pasta, nesta quarta-feira (18).

"Estamos o tempo inteiro monitorando as vagas, a gente tem chamado muitos profissionais do concurso, foi o maior chamamento nos últimos dez anos, nós chamamos mais de três mil profissionais, mas ainda tem alguma rotatividade. Nós precisamos investir em estratégias que fixem esses profissionais na nossa rede, mas também abrir a possibilidade de ingresso deles pra nossa rede, é por isso que estamos trabalhando em conjunto com a Secretaria de Planejamento na elaboração e conclusão de um concurso público para 2025, no qual serão classificados mais de 12 mil pessoas", informou.

Com relação às especialidades dos profissionais, o chefe da pasta informou que a estratégia da PBH é ampliar o atendimento dos médicos da família, pois são eles que têm a capacidade de resolver mais de 85% das queixas.

“Não é uma diretriz nossa não ter especialistas na nossa rede, mas os especialistas devem ser buscados depois de passar pelo médico de família, pela equipe de estratégia de saúde da família, para qual nós queremos ampliar a atual cobertura de 88% ao máximo que pudermos”, garantiu.


O uso da telemedicina foi uma das medidas adotadas pela PBH para agilizar os atendimentos. Neste ano, segundo o secretário, foram 2000 teleconsultas ao mês. A previsão é aumentar para 8000 ao mês no próximo ano. 

“A gente não quer que a população tenha a sensação de que há demora no atendimento ou ter a sensação de ter aquele profissional que ela tinha expectativa de buscar no centro de saúde não vai poder atendê-la”, disse.


Cobertura Vacinal

Outra questão ainda enfrentada pela PBH é o atraso do envio de alguns imunizantes, como o da varicela, que protege contra a catapora. Segundo a secretária adjunta Thaysa Drummond, o município ainda não recebeu as vacinas e, por isso, não pode ofertar 

“A gente não adquire vacinas. É uma competência tripartite entre prefeitura, governo do Estado e governo federal. Tivemos e ainda temos problema com a vacina contra varicela. Não há prazo para distribuição desses imunizantes. Segundo o Ministério da Saúde é um problema com fornecedor, que não dá conta da demanda, da entrega, do envio dessas vacinas",

 

Nesta semana, a capital recebeu doses de vacina contra Covid-19, que foram repassadas aos centros de saúde e população já pode recebê-la.


O Ministério da Saúde foi questionado sobre o assunto, mas ainda não retornou.