Uma mulher denuncia ter sido vítima de importunação sexual em uma padaria em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, nesse domingo (26 de maio). Ela alega que um homem se aproximou dela por trás e "esfregou" as partes íntimas dele contra as nádegas dela. A Polícia Militar (PM) foi acionada e realiza buscas pelo suspeito.

Conforme o registro da ocorrência, a mulher estava no estabelecimento quando sentiu o contato. Ela alega que advertiu o homem que a padaria possuía câmeras e que acionaria a polícia para prendê-lo. O homem, no entanto, teria agido “de maneira fria”, como se “ela não estivesse falando com ele”.

Os policiais verificaram as imagens do circuito de segurança do estabelecimento e confirmaram a versão da mulher. Além disso, descobriram outra vítima. Nas imagens, segundo a PM, é possível ver o homem vestindo camisa azul-marinho e bermuda jeans, se aproximando das vítimas e “esfregando a genitália nas nádegas” da primeira mulher.

Em seguida, o homem se aproxima da segunda vítima — a que acionou a PM — e, por duas vezes, encosta as partes íntimas na mulher. Conforme descrito no registro da ocorrência, para tentar “disfarçar” o crime, o homem usava um capacete de moto, que estava em um dos seus braços.

No depoimento, a mulher alega que se sentiu “profundamente constrangida e amedrontada”, mas que conseguiu verificar o nome do suspeito no momento em que ele efetuava o pagamento dos produtos que havia comprado.

Com as informações sobre o suspeito, a PM realizou buscas por ele. Contudo, até a publicação da matéria, o homem não havia sido localizado.

Importunação sexual

Previsto no artigo 215-A do Código Penal Brasileiro, o crime de importunação sexual é definido como "praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro".

"Nós podemos citar a famosa encoxada, o beijo roubado, passar as mãos nas partes íntimas, tudo isso é crime", informa a delegada Karine Tassara, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Belo Horizonte.

A pena é de 1 a 5 anos de reclusão, com possível aumento dependendo da gravidade do caso.