Uma falha no pagamento automático (via aplicativo) em um pedágio ajudou a Polícia Civil a encontrar, nesta quarta-feira (24 de julho), a médica suspeita de sequestrar uma recém-nascida em um hospital de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A mulher, identificada como Claudia Soares Alves, de 42 anos, foi presa, e a criança encontrada em Itumbiara, no interior de Goiás, a cerca de 140 km do local do crime.

O sequestro ocorreu no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, por volta de 23h50 dessa terça-feira (23 de julho). Ao deixar o local, a médica seguiu de carro em direção a Goiás e, no trajeto, a câmera de um pedágio auxiliou os investigadores a encontrá-la, como explicou o delegado-chefe da Polícia Civil (PC) de Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito Brandão, entrevista exclusiva à rádio FM O Tempo 91,7

"Em um pedágio, houve um problema no aplicativo (que faz a cobrança automática e permite a passagem do veículo sem precisar parar), que não funcionou. Ela teve de parar para pagar o pedágio e, neste momento, uma das câmeras do local a fotografou. A imagem foi de extrema importância para nós", afirma o delegado.

Em seguida, conforme Brandão, houve uma troca de informações entre as polícias de Minas e de Goiás e foi descoberto o endereço da casa da sequestradora, em Itumbiara. "Chegando lá, os investigadores abordaram a empregada e perguntaram onde estava a criança. Ela disse que estava lá. Perguntaram onde estava a patroa dela e ela respondeu que havia acabado de sair. Os investigadores pegaram a criança e a levaram a um centro médico, para que ela fosse examinada, e estava tudo bem", diz o delegado.

"Outra equipe de policiais monitorou a residência e, quando a médica chegou, foi presa. Ela foi encaminhada para a delegacia, onde o delegado a autuou em flagrante por sequestro qualificado, cuja pena é de até 8 anos de reclusão, porque a vítima é menor de 18 anos", completou Brandão.