O Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, tinha fila de avião para decolagem na manhã desta quarta-feira (4/9). O aeródromo estava fechado após um aviso para aeronavegantes (NOTAM, sigla utilizada pelo termo em inglês) emitido pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB).
O NOTAM criou uma restrição de tráfego aéreo no raio de 5 milhas náuticas, aproximadamente 9,2km, desde o Aeroporto da Pampulha. Só é permitida a entrada de aeronaves participantes do evento com o presidente Lula (PT) no Aglomerado da Serra nesta quinta-feira. As exceções são aeronaves da segurança pública ou Defesa Civil em situações de emergência com a devida autorização da torre de controle. No mesmo raio, outro NOTAM emitido proíbe aeronaves remotamente pilotadas (RPA), como drones, que não sejam ligados ao evento presidencial.
A proibição valeria de 7h às 14h desta quinta-feira. Contudo, por volta de 7h45, as operações de pouso e decolagem foram retomadas às 7h45, já com uma fila de mais de 10 aeronaves.
Usuários do Aeroporto da Pampulha ouvidos pela reportagem estranharam a NOTAM emitida nas últimas horas. “Alguém errou muito feio nisso aí, nunca aconteceu isso. Quando tem um evento presidencial, o máximo que acontece é ter prioridade para pouso”, disse. Foi levantada também a possibilidade de o epicentro do raio de restrição ser no Aglomerado da Serra e menor, mas por algum motivo a coordenada usada foi do aeroporto.
Por meio de nota, a CCR, concessionária do aeródromo, confirmou que a Força Aérea Brasileira (FAB) emitiu um NOTAM, utilizado internacionalmente para comunicar alterações, restrições ou condições relevantes à operação segura do espaço aéreo, e que o aviso trata de restrições temporárias para tráfego aéreo aplicadas à região.