Desde a manhã de domingo (18 de agosto), áreas de proteção ambiental da Serra do Cipó estão em chamas. Brigadistas florestais voluntários e militares do Corpo de Bombeiros tentam controlar as chamas, mas o cenário é descrito como "crítico" por quem atua nas operações. O tempo seco e a ventania favorecem a propagação do fogo, que ameaça a fauna e a flora da região, conhecida por sua rica biodiversidade.

Desde a manhã de domingo (18), áreas de proteção ambiental da Serra do Cipó estão em chamas. Brigadistas voluntários florestais e militares do Corpo de Bombeiros tentam controlar as chamas, mas o cenário é descrito como crítico por quem atua nas operações. pic.twitter.com/KWxrcA6nEe

— O Tempo (@otempo) August 20, 2024

“Passamos a madrugada em combate. É uma tristeza. Está queimando tudo”, desabafou a brigadista florestal voluntária Ana Carina Roque, que atua na Brigada 1, uma das organizações empenhadas na tentativa de controlar as chamas. Também atua na ocorrência a Brigada Cipó. Como são organizações sem fins lucrativos, o trabalho é voluntário e os grupos contam com doações (veja como ajudar abaixo).

Conforme Ana, que também é servidora pública, o incêndio atinge uma “área muito extensa”. “Visivelmente, foi um incêndio criminoso. São vários focos”, diz. De acordo com ela, os voluntários têm se alternado entre dia e noite para tentar controlar as chamas. “Amanhã tem mais trabalho, e acho que será a semana toda de combate”, diz.

O Corpo de Bombeiros informou ter sido acionado na manhã desta segunda-feira para a altura do km 95, onde há um incêndio na vegetação na região de Cardeal Mota até Mato Dentro.

Doações

Interessados em auxiliar o trabalho voluntário dos brigadistas florestais podem fazer doações para as organizações sem fins lucrativos. O dinheiro é usado para compra de água, isotônicos, lanches e combustível, além de equipamentos usados pelos voluntários no combate às chamas.

Os valores podem ser destinados via PIX para belohorizonte@brigada1.org.br e para brigadacipomg@gmail.com.

Crime

Causar incêndios florestais é crime no Brasil, com pena prevista de dois a quatro anos de prisão, além de multa. Se for considerado um ato culposo, a pena é de seis meses a um ano de prisão, conforme o artigo 41 da Lei 9.605/98.

Queimar lixo também é considerado crime de contaminação, que consiste em causar poluição, de qualquer forma, que coloque em risco a saúde humana, a segurança dos animais ou destrua a flora. A pena vai de um a quatro anos de prisão, além de multa.