O julgamento do homicídio qualificado do homem que matou a ex-namorada, Brenda Rick Cândido, de 45 anos, e queimou o corpo por não aceitar o fim do relacionamento começou na manhã desta terça-feira (27), na região Central de Belo Horizonte. O crime aconteceu em junho de 2022, na região Nordeste da capital mineira.
Segundo a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette e do Tribunal de Justiça, a audiência deu início às 8h46, nesta terça (27), e a primeira das seis testemunhas já está sendo ouvida. Ainda de acordo com informações dos órgãos, o réu será julgado diante de um júri popular com quatro homens e três mulheres.
O ex-companheiro da vítima é suspeito de ser o mandante do crime e ele é o único que faltava ser julgado. Em junho do ano passado, um casal acusado de envolvimento na morte de Brenda foi condenado pelo Tribunal do Júri. Joelson Lauriano da Costa Filho recebeu uma pena de 23 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Já Aline dos Santos, companheira de Joelson, foi condenada a um ano e seis meses por ter ajudado a esconder o corpo da vítima.
Relembre o caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, Brenda foi vítima de feminicídio pelo ex-companheiro que não aceitava o fim do relacionamento. O suspeito teria se juntado a um casal de amigos para cometer o crime
A mulher foi atraída e morta na casa dos suspeitos, no bairro Nazaré, na região Nordeste. Horas após o crime, o trio teria enrolado o corpo da vítima em um lençol e jogado em um local ermo no bairro Goiânia. O corpo de Brenda foi encontrado após dois moradores de rua afirmarem que visualizaram vários indivíduos retirando um saco preto de um carro e, posteriormente, ateando fogo.
Conforme as investigações, o trio teria ainda tentado destruir provas do crime lavando o chão da casa onde Brenda foi assassinada. O casal ainda teria feito compras com o cartão alimentação da vítima.
Segundo a denúncia do MP, o crime foi praticado "mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que ela, desarmada e sem qualquer instrumento reativo, foi colhida no interior da residência dos denunciados, não mais saindo com vida".