A possibilidade de chuva fraca e isolada em Belo Horizonte nesta quarta-feira (18 de setembro) não se concretizou. A expectativa era de que a capital mineira encerrasse um período de cinco meses de estiagem, mas a contagem da seca histórica segue, agora com 153 dias. A última precipitação em volume significativo ocorreu em 18 de abril. Desde então, a capital registra piora na qualidade do ar.
E não há, no horizonte, possibilidade evidente de chuva, explica o meteorologista Lizandro Gemiacki, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Há uma pequena chance no domingo (22 de setembro), mas vamos precisar avaliar mais perto da data, porque os modelos estão muito divergentes”, explica o especialista.
De qualquer forma, mesmo que ocorra a chuva, ela deve ser isolada e de baixa intensidade, incapaz de melhorar de maneira significativa a qualidade do ar. Além dos níveis de poluição do ar, a cidade convive com tempo seco, com umidade relativa do ar entre 20% e 30%.
Chuvas significativas só são esperadas para meados de outubro, com a chegada do período chuvoso. Além disso, o tempo deve seguir quente, com temperaturas máximas acima de 30°C no período da tarde.
Maior seca desde 1963
Com 153 dias sem chuva, Belo Horizonte registra, em 2024, a maior seca histórica das últimas seis décadas. Em 1963, a capital ficou 198 dias consecutivos sem chuva, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).