Os suspeitos de invadir uma agência do Banco Itaú em Mateus Leme, na região Metropolitana de Belo Horizonte, teriam estudado a região onde ocorreu o crime. Segundo fontes que acompanham às diligências, são dois suspeitos que teriam cometido o crime na madrugada desta segunda-feira (23). Imagens do circuito interno de segurança do banco já estão em posse da PCMG.

Conforme apuração de O TEMPO, dois homens chegaram ao local por volta de 2h30 da manhã. Nenhuma câmera de segurança de vias públicas da região pegou a ação dos suspeitos. Isso, segundo fontes ouvidas pela reportagem, indica que os suspeitos sabiam que a rua usada para invadir o local não tinha câmeras de segurança.

Fontes consultadas pela reportagem também afirmam que os suspeitos precisaram invadir alguma casa ou terreno ao lado da agência.

Imediatamente após a invasão, o alarme do banco foi acionado, mobilizando as forças de segurança. O TEMPO também apurou que, por volta de 3h30, os dois homens já estavam dentro da agência, usando boné e capuz.

A dupla, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, levou três armas calibre 38, que pertenceriam aos seguranças da agência bancária. Nenhuma quantia em dinheiro foi levada. Também não houve reféns, nem feridos.

A perícia colheu no local do crime um pé de cabra, que pode ter sido usado pelos criminosos no arrombamento de um terreno ao lado da agência. Até o momento, ninguém foi preso.

População está 'apavorada'

O episódio registrado nessa segunda-feira (23) causa um misto de preocupação, medo e surpresa em quem vive na cidade. Também sem se identificar, uma moradora relata que o roubo ao banco faz parte de uma onda de violência que, segundo ela, tomou conta da cidade.

“A cidade toda fica apavorada. Agora está tendo muitos assassinatos, esse roubo aqui que foi bem no Centro. Ontem mesmo mataram uma pessoa aqui perto. Na semana retrasada mataram outra pessoa em plena luz do dia, por volta de 13h", conta a mulher que fica assustada ao pensar que o ataque poderia ter tido consequências piores.

"Tem escolas aqui ao lado, tem lojas e residências por toda a parte. Foi de madrugada, mas e se fosse durante o dia? Vai que tem um tiroteio', comenta. 

Outro comerciante local, que também quis ter a identidade preservada, não esconde o medo de que outros estabelecimentos da cidade virem alvo de criminosos. "Se lá é proteção máxima, na minha loja seria fácil eles entrarem. Há uns três anos assaltaram a delegacia aqui para levar colete e arma. Arrombaram e levaram tudo" revela.

O homem também pede mais segurança na cidade e reclama do fato de ter apenas um pelotão da Polícia Militar de Minas Gerais no município. "A cidade está crescendo, tinha que ter mais policiamento, mais segurança. De uns três anos para cá está difícil. Os assaltos tinham parado, mas tem muito homicídio, está constante, tanto no Centro quanto nos bairros", desabafa.