Uma família que já era unida encontrou no Carnaval um elemento extra para fortalecer os laços de amor. Há oito anos, o vendedor Vilmar Santos, de 48 anos, a consultora de saúde Fabiana Natalice, também de 48, e a jovem Maria Eduarda de Assis, de 17, ajudam a fazer o Carnaval de Belo Horizonte. Pai, mãe e filha, o trio já vai para o segundo bloco juntos.

A primeira a entrar para um grupo da folia da capital foi Fabiana, que em 2016 ingressou no bloco Garota eu Vou para o Califórnia. "Eu entrei através do regente, meu amigo de infância. E ele me chamou para essa experiência. Nunca tinha tocado nada e iniciei tocando surdo", lembra a mulher. Pouco tempo depois, foi a vez da filha, Maria Eduarda, seguir os mesmos caminhos. Com apenas 7 anos, ela já integrava o bloco.

"Eu comecei tocando na bateria, repique. E hoje em dia eu canto. É alegria demais, adoro Carnaval, música", conta a jovem, que também tem na empreitada a companhia do pai, Vilmar. O homem foi o último a entrar para o bloco Garota Vou para o Califórnia e realizou o sonho de ser musicista. 

"Era um sonho tocar algum instrumento de percussão, principalmente a caixa de guerra, que é o instrumento que eu toco hoje. Entrei através da minha família, minha esposa e minha filha, que já tinha entrado primeiro que eu", relembra o homem.

Estreias em família

A união familiar vai ser fundamental para uma nova experiência na qual Fabiana e Maria Eduarda estão embarcando. As duas estão estreando no bloco Trem Du Bão na folia de 2025. Maria Eduarda está assumindo o posto de cantora do grupo. 

"A ansiedade está a mil. Com minha família é muito mais prazeroso, até mesmo a questão da ansiedade, o nervosismo, a gente relaxa", diz a jovem.

Já Fabiana está debutando no cargo de diretora do bloco. "A gente fica querendo que dê tudo certo, porque é experiência. Tem outras pessoas que estão apoiando a gente, e a presença da minha família que conforta. Porque além de estar acompanhando a minha filha nessa idade, o marido também acompanha e isso é importante", celebra.

Vilmar também se sente orgulhoso e honrado por compartilhar a atuação na folia de BH com a esposa e a filha e espera que a experiência dure para sempre. "Sabemos que juntos podemos fortalecer o Carnaval. Enquanto Deus permitir, estamos aqui na lida. O Carnaval é para fortalecer famílias e as pessoas, uma cultura brasileira que vem de tempos antes", analisa.