Desde o começou o ano até o dia 28 de março, Belo Horizonte registrou 465 casos de dengue e 81 casos de Chikungunya. Ainda não há registros para a zika. Os dados, que são da Prefeitura de Belo Horizonte, mostram que a região Nordeste lidera o número de casos de dengue, com 99 confirmações. Seguida da região Norte, com 87 casos, e Barreiro, com 60 casos.

Para evitar as arboviroses, que são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, a PBH tem realizado uma série de ações com intuito de acabar com criadouros do inseto, como vistorias, campanhas educativas em escolas e até uso de larvicidas para a cidade não sofra com um novo surto das doenças. A principal ação tem sido as vistorias em imóveis. Até o momento, já foram mais de 1 milhão de vistorias.

Nesta quarta-feira (2), uma das casas vistoriadas foi a da família do Pedro Lansky, que fica na Santa Efigênia, na região Leste, onde há 39 casos confirmados de dengue. Por lá, a família recebeu orientações  dos agentes. “Ficamos muito felizes e mais seguros em ter os agentes aqui. A gente cuida, mas eles que fazem esse controle de forma mais eficaz”, disse o morador.

As equipes percorreram as áreas externas e internas buscando possíveis focos do mosquito. Na residência, nada de irregular foi encontrado. 

“O papel das vistorias dos agentes da PBH é orientar a população. A gente sempre pede que a população receba os agentes, no sentido de que eles realizem a inspeção dos imóveis, buscando a eliminação de potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti. Além disso, a gente orienta que a população faça a inspeção em casa semanalmente, ou seja, uma questão de um autocuidado”, disse o diretor de zoonose na Secretaria do Municipal de Saúde de Belo Horizonte,  Eduardo Viana Gusmão.

Quando é identificada a presença de larvas em locais onde não é possível remover o criadouro ou vedar algum possível criadouro, os agentes usam larvecida. “A gente utiliza uma substância que a gente chama de biolarvecida, que vai interferir no ciclo do mosquito, impedindo que a larva evolua até a fase adulta, ou seja, o mosquito. Usamos em ralos e em qualquer local onde a gente encontre a água parada, mas a primeira indicação é a tentativa de eliminar aquele foco, já que o larvecida tem uma ação temporária”, completa o diretor.

 

Outras ações


Ainda de acordo com a pasta, outras ações têm sido realizadas com intuito de prevenir surtos das doenças. “Fazemos mutirões de limpeza, com o objetivo retirar materiais que possam servir de criadouros do mosquito, acumulando água principalmente da chuva. Mas também fazemos ações educativas nas escolas municipais através do programa EducaZoo, onde as equipes de zoonose levam informações diretamente para as crianças”, acrescentou.


Ações simples podem evitar a proliferação do mosquito. Confira:

- Tirar os pratinhos das plantas;
- Conferir se a caixa d’água está bem fechada;
- Colocar pneus velhos em um lugar fechado ou levar para uma URPV;
- Lavar bem as vasilhas dos pets;
- Limpar telhas e calhas para não acumular água;
- Virar garrafas e potes vazios;
- Colocar o lixo no saco plástico e fechar bem a lixeira;
- Conferir cada cantinho do quintal em busca de água parada;
- Retirar a água de bandejas externas de geladeira e ar-condicionado;
- Limpar a piscina e tratar com cloro.