Não está mais no nível de emergência a barragem Grupo, localizada na mina Fábrica, da Vale, no município de Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais. A informação foi divulgada nesta terça-feira (20 de maio) pela própria mineradora, que informou, ainda, que a estrutura recebeu Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva da Agência Nacional de Mineração (ANM). 

A barragem é uma das 13 estruturas da mineradora que estavam sob estado de emergência devido ao risco de colapso. Agora, a barragem se junta às outras cinco existentes em empreendimentos da Vale e que estão no chamado nível de alerta. Segundo a mineradora, a permanência no estado de alerta se dá como "medida preventiva", sendo acompanhada pelos órgãos competentes até que a documentação seja analisada formalmente.

“É uma conquista muito importante porque representa mais segurança para a comunidade e para o meio ambiente. Com o uso de tecnologia avançada, equipamentos remotos e um planejamento efetivo, estamos avançando na descaracterização das nossas estruturas a montante, um compromisso assumido pela Vale”, pontua o vice-presidente Executivo Técnico da mineradora, Rafael Bittar.

Ainda conforme a empresa, o avanço das obras de escavação do maciço e remoção de alteamentos a montante da barragem reforçaram as condições de segurança da estrutura, que passava pela descaracterização desde 2022. Já ocorreu a remoção de mais de 1,78 milhão de metros cúbicos de rejeito até agora, o que corresponde a cerca de 78% do volume total. 

A previsão é que a descaracterização da barragem Grupo aconteça no segundo semestre de 2025. 

Desde 2022, 18 barragens saíram da emergência

Ainda de acordo com a mineradora Vale, nos últimos três anos 18 de suas barragens deixaram o nível de emergência. Todas as estruturas construídas pelo método a montante - o mesmo utilizado nas barragens que se romperam em Brumadinho e Mariana - estão passando pelo processo de descaracterização. 

"As estruturas são monitoradas permanentemente e recebem ações contínuas para aprimorar a segurança (...) As principais barragens da Vale são monitoradas 24 horas por dia e 7 dias por semana pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa", completou a empresa.

Já foram investidos R$ 10 bilhões no desmonte das estruturas.