Sempre se destacando ano após ano, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) voltou a aparecer entre as melhores universidades da América Latina, de acordo com o ranking de impacto universitário em sustentabilidade da Times Higher Education (THE). A universidade quase centenária foi a federal melhor posicionada na classificação e a 5ª melhor instituição de ensino superior latino-americana, ficando entre os 15% das melhores universidades do mundo.
As outras quatro primeiras escolas da América Latina são a Universidade Nacional Autônoma do México; o Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey, do México; a Universidade de São Paulo (USP), que é estadual; e a Universidade de Guadalajara, também do México.
Conforme divulgado pela própria UFMG, o resultado histórico foi obtido após ela saltar da faixa de posição global 401-600 para a faixa 301-400, sendo que sua pontuação geral subiu de 75,4 para 77 pontos. “Considerando o tamanho da amostra, isto é, o número de instituições de ensino superior indexadas [2.318 instituições], essa mudança de faixa significa um salto das 25% melhores para as 15% melhores universidades do mundo. Foi um avanço muito expressivo. Se considerados os pontos médios das faixas de pontuação em 2024 e 2025, avançamos 150 posições no ranking, com melhoria sólida no cômputo geral, em um sinal de nossa consolidação institucional no cenário latino-americano”, comemora o professor Dawisson Belém Lopes, diretor do Escritório de Governança de Dados Institucionais (EGDI) da UFMG.
O critério de avaliação das instituições de ensino no THE Impact Rankings considerou os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)
“Chamo atenção para o fato de que aparecemos entre as 200 melhores universidades do mundo em diferentes ODS: redução da pobreza, fome zero, energia limpa e acessível, água limpa e saneamento básico, trabalho decente e crescimento econômico, indústria, inovação e infraestrutura. O resultado reitera nossa vocação e nossa capacidade de formar profissionais e cidadãos conscientes dos desafios hoje enfrentados pela humanidade, além de engajados com o desenvolvimento social e a sustentabilidade do planeta”, destaca a reitora Sandra Regina Goulart Almeida.
Erradicação da fome
Entre os pontos analisados no ranking em que a UFMG se destacou está a ODS 2, que trata sobre a "fome zero" e a agricultura sustentável, tema que deixou a instituição mineira, pela primeira vez, entre o top 100 do ranking global.
"Hoje somos a 62ª instituição de ensino do mundo que mais contribui para a implementação desse ODS, segundo os critérios do ranking”, explica o professor Dawisson Belém Lopes. Nesse ODS, destacou-se particularmente o desempenho alcançado pela Universidade nos subindicadores relacionados à contribuição ao combate à fome (nota 91,6) e ao combate à fome estudantil (nota 91,7), mais especificamente.
Para os gestores da universidade, esses resultados demonstram o compromisso da instituição com o apoio social. “Tudo isso reveste a conquista da UFMG com ainda mais importância e relevância estratégica no âmbito do projeto de país”, completa o professor.
Além do desempenho no ODS Fome zero e agricultura sustentável (2º), a UFMG ficou entre as 200 melhores universidades do mundo em outros cinco ODS: Erradicação da pobreza (1º), Água potável e saneamento (6º), Energia limpa e acessível (7º), Trabalho decente e crescimento econômico (8º) e Indústria, inovação e infraestrutura (9º).