As projeções em homenagem ao Cânion do Peruaçu, na noite deste domingo (13 de julho), chamaram a atenção de quem passou pela Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Nesta manhã, o local, situado no Norte de Minas, entrou para a história mundial ao ser reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade. O cânion integra o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, a 640 km da capital, e é o primeiro do estado a receber esse título.

Lívia Campbell, estudante de Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 22 anos, já visitou o parque em uma excursão da faculdade para conhecer as pinturas rupestres. Ao passar pela Praça nesta noite, ficou feliz ao ver as projeções do local que já visitou no Museu de Minas e Energia. Encantada com a beleza natural e histórica do Peruaçu, Lívia ressalta que o reconhecimento deve vir acompanhado de um forte foco na preservação. “Lá já existem regras de proteção. Muitos moradores, inclusive, precisaram deixar o parque. Então é importante lembrar que aquele espaço é, ou já foi, a casa de alguém. Não dá para promover o turismo sem considerar os aspectos sociais e culturais também. Isso é essencial”, afirmou.

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Carlos Cardoso, 36 anos, rondoniense que vive em Minas há oito meses, conheceu o Peruaçu pelas imagens projetadas no prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). “Tenho trabalhado bastante, mas, quando posso, aproveito para visitar cachoeiras e outros lugares do estado. Ainda quero ir a Inhotim, e agora o Peruaçu também entrou na lista. Fiquei curioso, com certeza conhecerei se tiver oportunidade”, disse ele, que nasceu no Brasil, mas passou boa parte da vida fora, vivendo na Bolívia e no Uruguai.

Outro visitante impactado pelas projeções foi o fluminense Moisés Peixoto, 39 anos. Morador de Minas há oito anos, ele também se deparou com as imagens ao passar pelo Museu de Minas e Energia. Apaixonado por turismo, Moisés está montando um hostel em São Gonçalo (RJ), com a proposta de oferecer experiências fora do circuito tradicional. Para ele, o reconhecimento internacional do Peruaçu é um ganho importante para Minas e para o Brasil, fortalecendo esse turismo fora do eixo.

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“É muito válido. Minas ganha com esse reconhecimento, mas o Brasil como um todo também. O patrimônio já estava lá, mas agora precisa ser olhado com mais atenção e cuidado. É uma forma de despertar o interesse da população para conhecer e preservar, não só a flora e a fauna da região, mas tudo o que ela representa”, refletiu.